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16 Diário da Câmara dos Deputados

cado ao ilustre representante daquela República em Portugal, bem como à Câmara dos Deputados, reservando-me para encerrar seguidamente a sessão em homenagem do nosso pezar e de nosso respeito à memória de tam eminente cidadão.

O Sr. Couceiro da Costa (Ministro da Justiça): - Sr. Presidente: em nome do Govêrno associo-me às palavras que V. Exa. pronunciou acerca do triste acontecimento que se deu no Brasil, a morte do grande brasileiro. Sr. Dr. Rodrigues Alves.

O malogrado Presidente da República Brasileira não ora apenas um eminente estadista, era também um magistrado perfeito, das mais altas virtudes cívicas.

Associando-se o Govêrno às palavras de V. Exa. não cumpre apenas um dever condicional, vai mais além: comunga na sua dor, porque o Brasil, quando sofre, Portugal sofro tambêm; juntamo-nos nas mesmas dores, nas mesmas alegrias.

As minhas palavras não são apenas o cumprimento dum dever banal, mas a expressão do que o Govêrno sente com toda a sinceridade.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Malheiro Reimão: - Em nome da maioria, associo me ao voto de sentimento que V. Exa., Sr. Presidente, acaba de propor pela morte do Sr. Dr. Rodrigues Alves, Presidente da República Brasileira.

Das qualidades e virtudes cívicas de tam ilustre cidadão, há uma para que neste momento, especialmente, desejo chamar a atenção da Câmara, é que Rodrigues Alvos, tendo servido a monarquia brasileira, integrou-se na República servindo-a nos mais altos cargos sem que toda a sua carreira política tenha sido manchada por uma traição. Êste exemplo pode ser bem mostrado ao nosso país.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Joaquim Crisóstomo: - Sr. Presidente: associo-me gostosamente ao voto do sentimento proposto por V. Exa. em consequência da morte do ilustre Presidente da República Brasileira, Sr. Rodrigues Alves.

Êsse eminente homem público tem direito à nossa consagração pelos altos e relevantes serviços que prestou ao seu país e pelo esfôrço que sempre empregou tendente a estreitar as relações entre Portugal e o Brasil.

Rodrigues Alves como a Câmara bem sabe desempenhou proficientemente no seu país as elevadas funções de governador da província, Deputado, Senador, Ministro e Presidente da República.

Por várias vezes foi nosso hóspede, manifestando o seu propósito de concorrer pela sua acção, junto do Govêrno da nação brasileira, para o estabelecimento duma carreira especial de navegação entre os dois países.

Circunstâncias excepcionais impediram porem que levasse a efeito os seus bons desejos de ser prestavel à nação amiga e irmã.

Nestas condições entendo que a Câmara associando-se ao voto do sentimento proposto por V. Exa. pratica um acto de inteira justiça.

Tenho dito.

O Sr. Lino Neto: Sr. Presidente: em nome da minoria católica associo-mo ao voto do sentimento proposto por V. Exa. pela morte de Rodrigues Alves. Quer o consideremos pelos seus dotes pessoais, quer o consideremos pela sua vida pública, êle representa para o nosso coração e para o nosso apreço uma individualidade excepcional.

A fôrça de trabalho e de talento conseguiu erguer-se de tal modo que constituiu uma das mais altas figuras do seu tempo, e uma das mais altas capacidades nesse difícil capítulo de administração que são as finanças públicas. Foi sobretudo um grande homem de bom. Morreu quando exercia pela segunda vez a primeira magistratura do seu país.

Nestas condições, um voto de sentimento não é só uma homenagem devida aos seus altos merecimentos, é também uma homenagem prestada à grandiosa República de que foi chefe prestigioso e é uma alevantada afirmação das energias da nossa raça.

Portugal e o Brasil vibram como uma só Pátria. Sôbre a terra não se encontram duas nações que se amem do mesmo modo. E que quando o Brasil se separou