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Sessão de 18 de Fevereiro de 1919 19

Poucas. Talvez não se chegue a contar duas dúzias.

E é então com uma Câmara que mostra assim tanto desejo de trabalhar, que nós queremos continuar a nomear mais comissões para o estudo de projectos, ou aproveitar comissões que eu não sei se ainda existem?

E não sei se existem, porque a verdade é que vem aqui diariamente apenas uns vinte representantes do país.

É isto o que desejam?

E admiram-se então que o público diga que aqui não se trabalha, e que se revolte contra êste espectáculo desolador!

E por isto que eu sou de opinião contrária à do Sr. Deputado Alpoim, porque a sua proposta só faria protelar a solução dum problema que já não suporta mais adiamentos.

Não devemos dar ao país a impressão de que queremos mais uma vez embrulhar a questão da dissolução do Parlamento em trabalhos de comissão.

Não percamos tempo, não continuemos a dar êste triste espectáculo.

Êste desinteresse dos membros da Câmara é o golpe de Estado mais terrível que se pode dar.

Nada pior, mais vergonhoso do que a Câmara suicidar-se desta forma.

A continuar isto assim, os poucos Deputados que trabalham, são obrigados a ir-se embora, reconhecendo que nada tem aqui que fazer.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Ninguêm mais do que eu lamento a falta de número, mas é preciso notar que presentemente muitos Srs. Deputados estão no Norte, no campo da luta, outros estão em serviços importantes.

O quorum tem baixado muito.

Vou mandar expedir uma circular-telegrama a todos os Srs. Deputados, para comparecerem o mais ràpidamente possível.

Eu vou desde já marcar para amanhã a reunião da comissão que há-de tratar do exame dos projectos da Constituição, a ver se ràpidamente poderemos produzir trabalho útil.

Marco a sessão para quinta feira.

O Sr. Amâncio de Alpoim: - É para amanhã que V. Exa. marca trabalhos em comissões?

O Sr. Presidente: - Sim, senhor, é para amanhã que marco trabalhos em comissões, e sessão para quinta feira com à mesma ordem do dia que estava marcada para hoje.

Está encerrada a sessão.

Eram 17 horas e 50 minutos.

O REDACTOR - Herculano Nunes.