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Diário da Cornara dos Deputado*

Não compreendo a urgência e também porque não se esperou trGs ou quatro dias para o projecto baixar à comissão.

O Sr. Plínio Silva:—Já não havia tempo.

O Orador: —

O orador não reviu.

O Sr. Velhinho Correia: — Sr. Presidente: concordo com o Sr. FJínio Silva em que é necessário fazer-^se economias, mas entendo que ôsto projecto não se pode discutir sem o parecer da comissã,o de guerra.

Entendo que é necessário fazer economias no Ministério da Guerra (Apoiados), que se encerre a Escola de Guerra, ,com o seu estado maior de professores, mas entendo que não se pode fazer assim a votação deste projecto.

Quanto à preparação do soldado, não são exactas as considerações do Sr. Plínio Silva. Em todos os exércitos se faz a ' escola de recrutas o os soldados ingleses, quando saíram para França, já tinham tido uma preparação nos campos do Inglaterra.

.ò indispensável que o soldado tenha uma escola iniciai, uma escola preparatória.

Precisamos, de facto, de economias e podemos fazer muitas pelo Ministério da Guerra, mas não reconheço a oportunidade deste projecto.

O Sr. Américo Olavo: — Não ó só uma questão de economia nesse ponto, temos também de licenciar os homens de 1918 para chamar os deste ano.

O Orador:—Sr. Presidente: em conformidade com o que acabo de dizer, tenho a honra de mandar para a Mesa a

são

seguinte

A.Câmara, reconhecendo a necessidade de ser ouvida a comissão de guerra sobre o projecto om discussão, continua na ordem do dia.

Lisboa,-8 de Janeiro de 1920.— Velhinho Correia.

O orador não reviu.

O Sr. António Granjo: — Sr. Presidente : o assunto deste projecto não se coaduna com o pedido de urgência e dispensa' do Regimento, é um assunto que se prende com a defesa nacional e é para estranhar a facilidade com que a Câmara v.otou o requerimento. (Apoiados). .

O Sr. capitão Plínio Silva justificou o seu projecto alegando que é atrasada e deficiente a instrução que se dá ao soldado.

Sr. Presidente: parece-me que alguma cousa se tem feito no exército português, e quem o diz é um paisano, no sentido de actualizar o ensino do recruta, e V. Ex.as viram as provas de bravura e competência dadas por Bento Roma.

Sr. Presidente: fui oficial de infantaria na frente durante oito meses e estive nas trincheiras cento e dezasseis dias. Não fni lá nem por espírito de aventura, nem pelo prazer de arriscar a minha vida, fui, efectivamente, para poder verificar aquilo de que era capaz o esforço da raça.

Observei one 9. instrução cl?-? tronas, sobretudo da infantaria, era absolutamente desconhecida dos nossos. oficiais, porque não é apenas com gravuras e des-

cnyut;», uiãis Ou. JúlOilOs jiiCOnipieíiiã, que

se pode fazer uma idea dos processos usados na guerra moderna. (Apoiados).

Tenho para mim a convicção de que aqueles oficiais que nã.o foram à guerra, embora lhes não competisse, não estão aptos a comandar numa guerra moderna. (Apoiados).

Mas de justiça é também dizer-se que a instrução recebida em Portugal pelas nossas tropas é absolutamente indispensável, e eu. mesmo a vi ministrar em campanha ao soutros exércitos. (Apoiados).

Essa instrução é necessária para fazer o soldado, na verdadeira acepção da palavra.

O Sr. Plínio Silva (interrompendo): — Desejo apenas que se adie a escola de recrutas.

O Orador: — O argumento do Sr. Plínio Silva não é, efectivamente, de colher.