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Diário da Câmara Aos Deputados

O Orador:—Isto, que levantou agora tanta celeuma na Câmara, não é a primeira vez que se faz neste país.

Depois essa instrução de recrutas não tem sido o que dovia ser, sob o ponto de vista militar.

Tenho a dizer a verdade perante o ataque que se fez^ao projecto.

Não há artilharia: a dos regimentos ó insuficiente. Não há cavalos para a instrução.

Não há material em- suma..."

O Sr. Velhinho Correia: — Há artilharia. Uma peça basta para a instrução.

O Sr. Plínio da Silva: — É por essas mentiras que nós chegámos ao estado em que estamos.

Não é com uma poça em cada unidade que se pode dar instrução de artilharia.

Para o soldado fazer «quatro à direita» ou «quatro à esquerda» o o manejo da

arma, sac são precises mais uo q~ae uus> oito dias.

A instrução do soldado não é actualizada. Assim, os que foram à guorra, tiveram de receber uma instrução diferente da que haviam aprendido.

O Sr. Velhinho Correia: — Eu já disse que todos os exércitos que entraram na guerra tiveram do dar aos seus soldados a escola chamada do soldado e essa escola ficou sendo a mesma.

O Sr. Cunha Liai: — Com a autoridade que me dá o ter dirigido a Escola de Pioneiros, garanto que nada do que se aprendia na Escola servia na guerra.

O Sr. Velhinho Correia: — Mas eu não •me referi a especialidades. Isso são serviços especiais.

Emfim, não me repugnaria votar o projecto, dosde que à discussão viesse a opinião do Ministro da Guerra.

O Orador: --4Então só os Ministros é que têm cabeça para pensar?

^ Então nós, .técnicos, só nas cadeiras do Governo é que temos competência para resolver sobre estes assuntos?

O Sr. Velhinho Correia:—É que o Ministro tem elementos que eu não tenho.

O Orador : — O Sr. Ministro actual mandou nomear uma comissão para estudar as modificações a introduzir no exército.

Ora se essa comissão produzir trabalho útil, corno é de esperar, encontraremos logo a vantagem de não dar instrução sem se saber em que se fica.

O Sr. Velhinho Correia: — Isso é que eu não sei.

O Orador:—A aprovação do projecto acarreta para o Estado fima importante economia, que não ó para desprezar nas act.iifl.is prvnriir-fípi ^0 Tesouro Público.

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Se a escola for em Junho em vez de ser em Janeiro, só em capotes há uma economia de 30$ por recruta. E uma cousa importante para. um pais que está sem um centavo.

1 Em conclusão: teremos uma economia de 5.260 contos.

No projecto introduzia-se unia limita cão; é ela, quanto às praças, para a engenharia e para a companhia de subsis-tôncias.

As razões são óbvias. Compreenderão V. Ex.as a razão por que será vantajoso fazer a encorporação dessas praças.

Trata-se de praças do telegrafistas e caminhos de ferro e sapadores mineiros, que podem ser necessários para, qualquer greve e serão num total de 800 sendo 1:200 homens para as companhias de sub-sistêncías para fazer face a presumidas greves.