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Seutào de 8 de Janeiro de 1920

tir numa indicação clara que a nossa desgraçada situação financeira e económica actuais aconselham, mas não podendo prever também se mais tarde haverá necessidade de fazer funcionar as escolas de recrutas, o que, devo declarar, não creio, limito-mo a adiá-las até ulterior resolução, deixando, desta forma, a latitude suficiente para mais tarde e, em qualquer altura, se estudar de novo o assunto, verificando-se a conveniência de manter o Adiamento ou mesmo possivelmente extingui-las de todo. (Muitos apoiados).

Sr. Presidente: os meus colegas contrários ao projecto têm dito, como pretexto para o combater que pela minha doutrina os soldados actualmente nas fileiras ficariam nelas eternamente. Os que tal dizem mostram apenas que infelizmente não leram com atenção o projecto, j.-ois nele está exarado um parágrafo que resolve conjuntamente o assunto.

Com efeito, Sr. Presidente, lá está escrito . claramente que pelo Ministro da Guerra poderá ser chamado o número mínimo de mancebos necessário para ser garantido o licenciamento, nos períodos fixados pelas leis e regulamentos ern vigor, daqueles que actualmente estão encor-porados no quadro permanente. (Apoiados).

Seria uma grave injustiça que a Câmara cometeria se me julgasse capaz de cometer- o lapso de me esquecer daqueles que anciosamente esperam chegue o dia de serem licenciados voltando à faina bem mais laboriosa, mas bem mais útil para todos nós e para o País, da sua vida civil. (Muitos apoiados).

Disse o Sr. Jorge Nunes que não se fazia economia nenhuma visto a disposição do parágrafo citado. Isso mostra apenas que S. Ex.a ignora que os efectivos do quadro permanente são muitíssimo inferiores ao total da encorporação anual de mancebos, efectivo aquele que ao bom critério do Sr. Ministro da Guerra compete reduzir e o que lhe fica sendo permitido desde já por este projecto de lei independentemente dalgum futuro que eu próprio nesse sentido espero ter a honra de apresentar à Câmara.

Afirmo que a economia mínima que se fará ó desde já pelo menos de 5.300 contos.

Está também prevista a hipótese de quaisquer perturbações internas decarác-

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ter1 social, e assim são excluídos do disposto no presente projecto aqueles serviços de carácter técnico e de utilidade nacional. Assim são excluídas as tropas de sapadores mineiros, caminhos de ferro, telegrafistas, administração militar e sub-sistências, o que nos permitirá defender a Nação de movimentos que nos arrastariam à paralisia completa.

Parece-me ter tocado em todos os pontos importantes, esclarecido completamen-te a Câmara e respondido satisfatoriamente a todos os oradores que me antecederam.

Tenho esperanças que este meu projecto merecerá a vossa unânimç aprovação e nós hoje, acabada a sessão, retiraremos satisfeitos da Câmara com a grande alegria de termos prestado um grande serviço à Pátria e à Bepública.

Tenho dito.

O Sr. Alves dos Santos. — Sr0 Presidente: peço a V. Ex.a que consulte a Câmara sobre se permite que os Srs. Deputados que fazem parte da comissão de inquérito ao Ministério dos Abastecimentos possam retirar-se para ir ao edifício desse extinto Ministério a fim de tratar dum assunto imperioso.

Consultada a Câmara, resolveu afirmativamente.

O Sr. Vergilio Costa:—Sr. Presidente: o assunto em discussão parece-me muito importante. As razões apresentadas à Câmara pelo Sr. Plínio Silva são muito atendíveis, muito para ponderar.

Não vejo um grande inconveniente ao adiamento, no actual momento, das escolas de recrutas. Disse S. Ex.a, assim como o Sr. Mnlhoiro Reimão, que pelos cálculos a que procedeu, resultaria um adiamento de despesa de 5:300 contos. Isto é muito importante para o País que não está em condições de fazer grandes' despesas.