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Sçaaão 4e W de evereiro de 1920 •

Verifique V. Ex.a, Sr. Presidente, a abnegação destes patrões, quo levaram os seus operários para a greve!

Há ainda uma parte, relativamente à questão do açúcar, que podia tratar de-senvolvidamente: refiro-me à maneira como o açúcar ó fornecido, distribuído, etc.; mas ela ó tam conhecida de todos, e especialmente da Câmara, que escuso de fatigar a atenção daqueles que me escutam.

Eu tenho a certeza de que os números quo aqui trouxe não eram do conhecimento da maior parte dos Srs. Deputados, porque S. Ex.as não encontraram facilmente os elementos para isso, que a mim também me deram muito trabalho a conseguir, e, por isso, os trouxe à apreciação do Parlamento.

E, Sr. Presidente, não se diga que não temos açúcar suficiente. Só quási a província de Moçambique dá-nos açúcar suficiente para o consumo do continente.

O apuramento total da produção do ano do 1919 ainda não está feito, mas pode-se calcular que essa produção foi de 30:000 a 40:000 quilogramas, isto é, o suficiente para o nosso consumo. Mas falta ainda contar com o açúcar das ilhas e com o açúcar da província de Angola. Com o açúcar fornecido de todos esses pontos, podíamos até exportar açúcar. E muito mais açúcar teríamos, se fosse aprovado um projecto de lei sobre a cultura da beterraba, aqui apresentado pelo pelo meu amigo e colega Manuel José da Silva, que salvaguarda o interesse das colónias. Mas esse projecto, como quási todos apresentados pelo Partido Socialista, dorme no seio das comissões e nem sequer tem parecer.

Mas não se diga que o Partido Socialista vem aqui somente fazer críticas e não apresenta alvitres.

O Sr. Presidente:—Tenho a prevenir V. Ex.9- que faltam cinco minutos para se passar à ordem do dia.

O Orador: —E o quo me basta para terminar as minhas considerações.

Vozes: — Fale, falei

O Sr. Ministro da Agricultura (Joaquim Ribeiro): — E eu em cinco minutos respondo a V. Ex.a

O Orador: — Eu estou certo que a Câmara permitirá que V. Ex.a me responda, visto a brevidade com que o fará e a importância do assunto.

Sr. Presidente : eu entendo que as prq-vidências que o Governo deve tomar a respeito do assunto que venho tratando, são as seguintes:

l.a Só permitir a exportação do açúcar das nossas colónias, depois delas terem assegurado o fornecimento à metrópole, enviando-o para cá-

2.a Permitir-se aos exportadores das ramas não um bónus só para as 18:000 toneladas que tem, mas para todq o açúcar que entre no País — o que seria um benefício.

3.a Deve estabelecer-se os três tipos de açúcar, e além de se estabeler esses trêfc tipos, é necessário que se faça o rateio das ramas por todos os fabricantes, quer manuais, quer mecânicos.

Sr. Presidente: termino, agradecendo à Câmara a atenção que me prestou e pedindo ao mesmo tempo desculpa do ten^po-que lhe tomei.

Tenho dito.

O Sr. Ministro da. Agricultura (Joaquim Ribeiro): — Sr. Presidente: declaro a V. Ex.a que foi com muito prazer que ouvi as considerações apresentados- pelo Sr. Costa Júnior.

Tive também muito prazer em que a primeira interpelação que me foi dirigida fosse feita por S. Ex.a, a cujo lado mantive a melhor, mais completa e absoluta camaradagem.

Vou procurar responder às considerações de S. Ex.a, explicando sim]51es-mente o que se passou, o que se passa-e poderá passar sobre a questão dos açúcares.

Como a Câmara sabe, por variadíssi-mas circunstâncias, o açúcar não chega, estando eu na disposição do estudar a melhor forma de assegurar o fornecimento de açúcar para o País.

Pelo Sr. Ernesto Navarro foi feito um rateio pelas fábricas de açúcar ato 36 milhões de quilogramas, e dando-se aos comerciantes de Moçambique o direito de esperar.