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O Orador: — Se S. Ex.a nacionalizar a indústria dos seguros sem o fazer inteligentemente e com muita competência, S. l£x.a não terá feito uma cousa extremista, mas uma grande asneira que não causará senão prejuízo à finança do Estado. Pena é que quem faz asneiras dessa natureza não tenha fortuna para as pagar.

O Sr. Ladislau Batalha: — Quanto mais inteligentemente o Sr. Kamada Curto tratar «desse assunto, mais V. Ex.a e a Câmara o condenarão.

O Orador: — Isso ó que ó previsão.

Trava-se diálogo entre o orador e o Sr. Augusto Dias da Silva.

O Estado tem obrigação de prestar assistência mas ó aos eníermos que não podem produzir, às crianças e aos mentecaptos.

Não compreende que algu6m tenha direito à vida sem produzir, podendo fa-zê-lu.

Aparte do Sr. Augusto Dias da Silva que não se ouviu.

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duza peça a paga justa do seu trabalho, mas sinipJesmoiite do pi%oduto do seu trabalho.

Esta é a sua opinião e era esta mesma á opinião que tinha em 1916, conforme consta dum número do Século que tem presente, no qual vem publicada uma entrevista qse então tivera com um redactor desse jornal sobre o asstinto cooperativista.

A Bélgica fez exactamente isto: nomeou cooperativas de consumo, 0 (Ju<_3 que='que' com='com' tenham='tenham' os='os' e='e' géneros='géneros' bem='bem' melhores='melhores' operários='operários' mais='mais' p='p' pesados.='pesados.' baratos='baratos' faz='faz'>

Isto f az-se na Bélgica, por isso que ali há criaturas que pensam como devem pensar.

Desta forma íião há ali a necessidade de reclamar constantemente ao Estado, corno se faz entre nós.

O Sr. Augusto Dias da Silva: — É provável que isâo seja assim na Bélgica, como V. Ex.a acaba do dizer, o que até certo ponto não é para admirar, visto que é um país onde o povo tem instrução, o que, infelizmente, se não dá entre nós, por culpa única dos Governos que tem

Diáriê da Câmara do$ Deputado*

descorado o assunto, o que realmente é para lamentar. ; ,. .

O Orador: — Que entre nós não ha instrução constata-o ele, orador.

Nesta altura trocam-se apartes entre o orador e os tírs. Ladislau Batalha e Augusto Dias da Silva, que não foi possível reproduzir.

O Sr. Dias da Silva deu a entender que é a Bepública culpada da falta de instrução em Portugal.

Quere dizer, a República em dez anos é que devia ter feito o impossível, porque as crianças nascidas durante Ôste período hoje ó que estão na idade legal de fazer exame de instrução primária.

O' Sr. Ladislau Batalha (interrompendo) : — O Japão em dez anos melhorou considerávelmente a sua instrução.

Ele, orador, não deixa de dar razão à maior parte daqueles que reclamam, mas ó preciso conhecer os interesses gerais para resolver essas reclamações.

Já no Congresso da Figueira ele, orador, fez afirmações que podem muito bem sei* consideradas como ^ertencen^s è- sabedoria das nações, mas de que nunca ninguém curou.

Já preconizava nesse tempo a necessidade de se fazerem economias. Daí a autoridade que hoje tem para criticar publicamente os actos dos outros, autoridade que é ainda reforçada pela disciplina que observa e acata a dentro do seii partido, e pelo desassombro de dar às colisas, publicamente, os seus verdadeiros nomes.