O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Uèttâo rfé Sfí de Fevereiro de

11

O Sr. Ministro do Comércio (Jorge Nu-1103):- -.Sr. Presidente: entrei paru o Ministério contrafeito, escusado será dizê-lo a esta Câmara, mas em todo o caso ainda faço esta afirmação, que só poderá ser posta em dúvida por quem tenha uma preocupação única — o ser Ministro para satisfação duma vaidade pessoal ou duma ambição política.

EstoU aqui apenas no cuuipritmmto dum dever, por indicação do quem representa o partido de que tenho a honra do lazer parte*

Ao tomar conta da pasta do Comércio, ou bem sabia que não tinha aquela inteligência superior que me pudesse levar a resolver todos os problemas pendentes, como seria necessário, no grave momento que atravessamos.

Mas, Sr» Presidente, Só ou não tinha essa inteligência, que reconheço como uma • falta e grande, já reconhecia porem que era preciso, ter -se também um pouco de bom senso o de critério e sobretudo o CQ> nhecioiento do país e dos homens para, acerca deles, tomar a melhor resolução.

Kão tenho clientelas políticas

E protiiso falar bom claro ao país.

Está aqui uni político, mas não ó um profissional da política, nu acepção usual do termo.

Eu não vim estabelecer sobro o Parlamento uma -coacção para favorecer a aprovação da -proposta que tive a honra de apresentar. Com a noção das responsabilidade» que neste momento pesam sobre os mous ombros, entendi que para uma assornblea de legisladores, o que ou dizia a respeito da proposta, quando a apresentei, era o bastante para que, fazendo justiça íio meu critério do homem que está iacoudicioiuiliiionto ao lado da "República, servindo-a o melhor que pode e o melhor

que sabe, a Câmara aqui me dissesse BO

Infelizmente, de; há oito anos para cá,*— excepção feita no período dezembrista, o.ni que não fui parlamentar, — em todas as legislaturas eu tenho tido a honra de ocupar um lugar nesta Câmara, o por isso sei bom o quo é o Parlamento e sei onde pode levar o estudo e a aprovação dum projecto.

Assim, apoio para o Parlamento, e ou ele confia e*m mini e aprova a minha proposta, ou então implicitamente indica-me o caminho que tenho a seguir, que é o abandonar este lugar.

& por isso que eu, sem querer estabelecer a mais leve coacção já porque não tenho o direito de o fazer, já porque tal repugnaria à minha consciência e ao meu carácter, pus claramente a questão, ouvindo com uma paciência sem limites, sem a mais ligeira interrupção, aqueles que me pretenderam atacar.

Eu entendo que o Parlamento não deve demorar por mais tempo a resolução deste assunto, uma vez que ele só encontra já suficientemente esclarecido, votando ou rejeitando a proposta que tive a honra de submeter à sna apreciação e acabando com esta situação em que já há quem me atribua o propósito de proteger ou auxiliar determinadas empresas, o que eu nem sequor repilo por me julgar muito acima do tais calúnias vis e traiçoeiras de quem tem apenas em mira propósitos escuros e menos honestos.

Eu não receio — afirroo-o desassombra-dainente-—o exame dos meus actos realizado por criaturas honradas, mas des-preso, em absoluto, o juízo daqueles que, em questões de honra, eu não admito que se coloquem a meu lado.

Como Ministro do Comércio entendo quo o problema só pode ser resolvido, neste momento, tal como eu o encaro.

Defendo a minha proposta porque a acho absolutamente justa, e só por isso.