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Parlamento q;ue tume, pelo que diz res= peito aos Caminhos de Ferro do Estado-, é lima ftfrma encapotada, pouco regultih de melhorar a sitliação de companhias para cíar maiores juros, maiores dividendos.

Ora, Sr"; Presidente, encontrei uma si-túaçíto criada, encontrei uma portaria do Sr. Ministro do Comércio, de então, Ernesto Navarro, aplicando unia tarifa coin uma sobretaxa de 50 por cento aos cami1 nhos de ferro do Estado e empresas particulares.

Ninguém tòhi .o direito de duvidar da probidade profissional, da probidade pessoal do homem que subscreve essa portaria.

Se o Sr. Ernesto Navarro aprovou essa tariia, se autorizou uma sobretaxa de 50 por cento, certamente o não fez para íavorecer quem não tivesse legítimo direito a ser favorecido, mas unicamente para colocar as companhias numa situação de equilíbrio a fim de não fecharem

íiS ã u 3.8 COntâS COIu

Kão tenho, ninguém tem, suponho eu, o direito de supor que o Sr. Ernesto Ka varro, coino Ministro do Comércio, quis íavorecer qualquer empresa, dando-lhe aquilo a que não tinha direito, simplesmente para favorecer quem Ifre serviu os seus desígnios.

Não, Sr. Presidente, não é meu correligionário esse senhor, e as minhas rela-çõeiís com S. l£x.a são pouco menos que cermoniosas. •

Mas também há-de acabar um dia na República esta forma iacil, mas que não aplaudo, de lançar sempre um labéu de deshonestidade sobre os nossos homens públicos.

Sr. Presidente : o Sr. Ernesto Navarro, portanto, fundando-se nas informações de tjjiie competia, autorizou uma sobre-taxa de 50 por cento.

O Sr. António Maria da Silva : — Quando o Sr. Navarro entrou para o Ministério já esse estudo estava feito.

O Orador: — O Sr. Ministro do Comércio a meu ver resolveu a questão legalís-simamente.

Desde 1864 que nem uma vez só, quando modificaram tarifas ou organizaram tarifas, o Parlamento de Portugal «e pro-

OtUrío da Cfttn'úfa dôá Depútaúos

nunciou, e nós não podemos invocar a vida dos outros povos senão para lhe seguirmos os bons exemplos.

O facto é qiie esta portaria ora legal.

Trocam-se apartes-.

O Orador: — Folguei bastante eni me tefoui dado 'ensejo de pôr a questão nos sé" u s devidos termos.

Eu já aqui disse e repito, que òcliparei este lugar enrquántõ a Câmara assim o entender; não venho para aqui faz'er po-líticía às escuras, é franda, é clara, absolutamente clara.

Conformo trago providências pára OH xííiiuíuhos de forro do Estado, porque preciso • da sanção do Parlamento-, eii hei-de expol* à Câmara o que penso sobre OB serviços í erro viários, e sé a Câmara manifestai* o seu desacordo, então quem seja mais legalista, quem respeite mais a M, que, ale venha substituir.

É dssim quê eu ponho a 'questão.

Não véttno aqui, como liiuitOw supõem, arrancar à Câmara unia proposta para depois ir resúher dcêrca das empresas particulares.

Ninguém ttíin 'o difeíto '

Ao Sr. Deputado José de Almeida agradeço o apoio qiio dá à minha proposta, não vendo nela nenhum propósito político d'e servir amigos ou correligionários-, ina/s apenas ó cumprimento de um dever, e de quem 'deste lugar" não vó amigos néiil inimigos, o apenas se preocupa em fazer justiça a quem justiça reclama do Estado i

Sr. Presidente: faloti depois o Sr. Cuaha Liai, atacando a minha proposta e atacando ato o Ministro, dizendo que eu procedi sob coacção «OBI receio diUna greve; e que eu dera tudo, dera mais que a minha proposta.

Está V. Ex.a enganado-, Si% Deputado Cunha Liai J

Eu não estou sob coacção alguma. Invoco o testemunho do pessoal do porto de Lisboa.

Invoco o testemunho do pessoal dos telefones, dos ferroviários do Estado, da Companhia Portuguesa e do Vale do Vouga.