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jeitada, eu saio, mas saio de cabeça erguida com a satisfação de ter cumprido o meu dever.

Nós estamos no momento em que não há interesse para ninguém em. se estar a fazer habilidades para, intencionalmente, se atribuir a outros, propósitos que nun--ca lhes passaram pela mente.

Esta minha proposta representa apenas uma medida de natureza económica, mais nada.

Falaram vários oradores atacando a minha proposta. -Sem querer demorar a discussão desta proposta vou fazer uma rápida análise à crítica que foi feita.

Começarei pelas considerações que foram feitas pelo Sr. António Maria da Silva.

Disse S. Ex.a que ou, aumentando a sobretaxa, iria aumentar a carestia da vida e que poderia ter encarado o problema doutra maneira ...

O Sr. António Maria da Silva (interrompendo]:—Não foi bcni isso o que eu dis&e.

O Orador: — Eu não sou taquígrafo para poder registar todas as palavras pronunciadas por S. Ex.a, refiro-me vao sentido delas.

Fui procurado por uma comissão de ferroviários, para tratar de assuntos que lhes diziam respeito e que também fez lembrar a conveniência duma forma indirecta de melhorar a sua situação, não pelo aumento de vencimento, mas pelo custo de vida, e que eu tomasse o compromisso de dizer ao comércio que pare 'com os preços. Excedendo todas as previsões eu vejo que dia a dia o comércio se engrandece e conclui por me convencer que, na medida do possível, era indispensável me-.Ihorar a situação desse pessoal para tornar a vida comportável ao estaco actual.

Eu sou administrador duma companhia de caminhos de ferro e devo conhecer bem a situação e as necessidades dos ferroviários, e todos sabem que eu como Ministro não tenho relação com nenhuma companhia, afastando-me desses serviços ao tomar conta da minha pasta, mas isso não impede de eu conhecer as necessidades dos ferroviários.

Não se pode dizer que há mercadorias pobres, o que há é mercadorias que passam de 40 a 400.

Diário da Câmara dos Deputado

Creio que se não cria uma situação que torne impossível o comércio e alimentação pública, arrancando-lhe 7 réis, por quilograma num percurso de 300 quilómetros.

Mas, os passageiros pagam mais e muito mais, mas triplicou esse movimento de passageiros, desde que aumentaram as taxas sobre passageiros.

Não temos hoje como ontem falta de passageiros.

E de justiça que pague mais quem se utiliza dos caminhos de ferro e concorra para esse serviçq.

O Sr. Júlio Martins começou por declarar que é angustiosa a situação do Tesouro Público, e que, nestas condições, não temos o direito de resolver o problema ferroviário isoladamente.

Já estive na oposição e sei o que é apreciar a obra dos governos.

Presto amende honorable.

Desde que temos República, e mesmo no tempo da monarquia, estamos todos apostados em resolver o problema nacional por uma medida de conjunto de maneira a fazer a felicidade desta terra.

Mas, isso n8,o passa da boca dos poli-, ticos, homens de sciência e escritores.

Aqui, nas cadeiras do podei*, já senão resolvem os problemas por esse critério, porque se reconhece que entre o que devia ser e o que se pode fazer a diferença é colossal.

Pregunto: (r o que é indispensável fazer-se hoje, porque se não fez em 1919?

^ Porque razão esta melhoria de situação do pessoal dos ferroviários, que foi feita então, se não estendeu a todas as outras classes? Todas reclamavam.

£ Porque ó que S. Ex.a não pensa assim hoje e, porventura, pensou-assim então?

Nessa altura, e quando se pronunciou a esse respeito, e muito bem, S. Ex.a não disse que esse benefício só-estenderia a todas as classes. Muito mais disse S. Ex.a :. que eu não tinha trazido verbas para fazer face a esse encargo.

Não trouxe providência nenhuma.