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Sessão de 25 de Fevereiro de 1920

gação de fazer o balanço geral das contas do qais e de lhe dizer quanto deve e com que elementos pode contar, num Governo que devia ser um Governo de circunstância, surge o Sr,. Ministro do Comércio com o simples episódio da vida duma classe!

Todas as classes vivem mal, e eu não o digo para lisonjear classes, porque fa-zê-lo na • oposição é cavar a ruína nara quando, porventura, um dia se ocupem as cadeiras do Poder. Se, porOm, todas as classes vivem mal encaremos o problema de frente. Isso será uma obra de conjunto, será uma obra do Governo, poderá ser uma obra do tal decantado conselho dos cinco que S. Ex.as organizaram, pretendendo parodiar o Conselho dos Cinco da Conferência das Nações, isso poderia ser uma obra de renovação nacional, uma tentativa com audácia, coin largueza, em presença da vida portuguesa. Mas o que fazem S. Ex.as?

A. classe ferroviária eu poderia responder coni as suas próprias opiniões, em que se critica o conátante anmento dos salários; poderia invocar o testemunho de factores de caminhos de ferro que se revoltam contra as oito horas de trabalho. Poderia fazer isto, mas não o quero fazer, porque apenas pretendo afirmar que precisamos ter o respeito mútuo das nossas opiniões, que precisamos de reconhecer a sinceridade de quem reclama e a do quem ataca essas reclamações quando não estejam de harmonia com as ch> cunstâncias. (Apoiados).

Vamos, Sr. Presidente, no constante pedido de aumentos de salários, na consoante fabrico de papel-mocda desvalari-zado; continuamos dizendo ao Banco de Portugal e à Casa da Moeda que estampe papel e mais papel, como que querendo dar ao operariado a ilusão de que vive uma vida esplêndida, com um numerário enorme em suas mãos.

Amanhã o reflexo da carestia da vida vai actuar sobre o salário, e daqui não sairemos.

Eu desejaria prcguntar ao operariado do meu país, se ó consciente das suas reivindicações, s^ sabe o que se passa lá fora. naquele próprio país que está hoje sendo o exemplo seguido para a conquista das reivindicações sociais; eu desejaria prcguntar ao operariado do meu

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pais, chegados amanhã até nós os ecos da grande revolução social, o que fariam ôles diante dum comercio, duma indústria e duma agricultura absolutamente desorganizados? <_:_ como='como' de='de' a='a' terror='terror' russa='russa' os='os' véspera='véspera' regime='regime' infligir='infligir' corifeus='corifeus' próprios='próprios' chegariam='chegariam' p='p' um='um' revolução='revolução' da='da' contra='contra' camaradas='camaradas'>

A nossa política actual, é pôr o país em ordem. E a ordem faz-se obrigando os que podem pagar a contribuir para o Estado com o que devem.} chamando todos os ladrões deste país à responsabilidade dos seus roubos, j E já vivemos numa época em que eles próprios se descobrem uns aos outros !

Vamos tentar embaratecer a vida dentro deste país. Mas antes de o fazermos, antes de executarmos medidas enérgicas, medidas.sérias, medidas que não sejam foguetes do momento, preparemos um terreno firme om que as classes trabalhadoras possam apoiar-se para futuras reivindicações, vamos primeiro balancear a nossa casa, ver a quanto monta a dívida pública e os recursos de que dispomos, vamos, emfim, fazer amande Jiono-rable dos nossos erros, das nossas culpas, entrando enuio numa vida consentânea com os progressos da República, com os progressos da Democracia, desbravando o caminho para, num futuro mais ou menos distante, recebermos uma transformação social completa.

Que tinhamos razão prova-o o Sr. Ministro do Comércio. S. Ex.a viu-se hoje obrigado a explicar o pensamento da sua proposta; S. Ex.a viu-so hoje obrigado a desenvolver o seu pensamento.

(j Mas então, Sr. Ministro do Comércio, vai por-cima do Sr. Ministro das Finanças?

(iFica sendo o homem superior dôsto país? Emfim apareceu na hora grave.

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