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dos com os vencimentos do funcionalismo e por isso quererá também melhoria.

Ameaçarão com a greve. O Governo aumentará, ^mas onde vai buscar os recursos, para a situação aflitiva em que o país se encontra?3

Cairá o Governo, legando a situação àqueles que o substituirem, depois de mostrar muito boa vontade.

É preciso falar francamente ao país. (Apoiados).

Digamos ao país que a situação é de ruína, se não mudarmos de orientação. Digamos ao país que talvez dentro em pouco virá a bancarrota, que ela está à porta. (Apoiados).

Se fizermos aumentos a todas as classes, por maiores que sejam as habilidades, vamos todos ao ftmdo.

Assim eu mantenho o meu ponto de vista.

O Grupo Parlamentar Popular não aprova esta proposta de lei. Não está disposto a isso, sem qu« se apresento ní tidamente a situação do país. (Apoiados).

Não está disposto a aprová-la, sem ver quais são os recursos, de que o país pode lançar mão, sem se ir à cabeça dos que podem pagar estes aumentos.

O Grupo Parlamentar Popular iião aprova esta proposta, sem se fazer uma reforma tributária, carregando a tributação sobre aqueles que não pagam. '(Apoiados).

Ó Grupo Parlamentar Popular não vota aumentos, sem se saber quais são os recursos.

Vivemos num país desgraçado, num país perfeitamente gasto, num país com fome, que deve milhares de contos.

Arrumemos primeiro a casa. Digamos a todas classes as circunstâncias em que o Tesouro se encontra. (Apoiados).

Só assim poderemos salvar o país e contar com todos aqueles que amam esta Pátria e a República.

Vozes:—Muito bem.

O orador não reviu.

Untes de se encerrar a sessão

O Sr. Ministro das Colónias (,losô Barbosa):— Sr. Presidente: fni informado de que o Sr. Cunha Liai tinha feito uma pregunta acerca do acordo referente ao

Diário da Câmara dos Deputados

recrutamento de trabalhadores para Ca-tanga.

Tenho a declarar a S. Ex.a que esse acordo se estabeleceu em 1915 e que em l de Abril de 1919 foi prorrogado provi-sóriamenje depois do Governo ter sido informado de que não havia inconveniente nisso.

O Sr. Cunha Liai: — Sr. Presidente: pedi a palavra unicamente para agradecer ao Sr. Ministro das Colónias o favor da sua resposta.

O Sr. Júlio Martins: — Sr. Presidente: pedi á palavra unicamente para propor à Câmara um voto de sentimento pela morte do Sr. Duque do Porto. •

Sr. Presidente: se bem que estejamos em regime de República e embora eu seja uni republicano convicto, acho que não nos fica mal prestar aqui a nossa homenagem ao extinto que foi um verdadeiro português, razão pnrnno proponho um voto de sentimento pela sua morte. (Muitos apoiados).

O orador não reviu.

O Sr. Presidente : — Se V. Ex.ame permite submeterei amanha à Câmara o voto de sentimento que V. Ex.a acaba de propor.

A próxima sessão será amanhã à hora regimental, sendo a ordem do dia a mesma. , Está encerrada a sessão,

Eram 19 horas menos 10 minutos.

Documentos enviados para a Mesa durante a sessão

Proposta

Do Sr. Ministro do Trabalho, nacionalizando os seguros em Portugal.

Para a Secretaria.

Aprovada a urgência.

Para a comissão do comércio e indústria.

Para o «Diário do Governo».

Projectos de lei