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comunicação acerca do processo do deputado por Timor.

O Sr. Presidente : — Como na mesa há qualquer comunicação sobre o assunto, vou procurar informar-me para poder responder a V. Ex.a

O Sr. Ministro da Agricultura (Joaquim Ilibeiro): — Sr. Presidente: recebi como devia receber a lição de correcção do ilustre deputado ; costumo dar as mãos à palmatória, maà neste caso não. Medito sempre as minhas palavras antes de proferi-las.

S. Ex.a acabou de dizer que via em mim desânimo e impotência ministerial. Tenho a dizer que atravessamos uma crise do tal ordem que me sinto profundamente apreensivo, não só como Ministro, mas como português.

S. Ex.a não imagina os sacrifícios que fiz para distribuir açúcar às câmaras mu-

do açúcar como os industriais queriam.

O que 6 para penalizar é quo nem todas as câmaras municipais se conduzissem como devia ser.

Sei que a câmara de S. Ex.a não está nestas condições e, se for preciso, ato lhe passo um atestado de moralidade.

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O Sr. Cunha Liai: —O facto é que as câmaras municipais vendiam o açúcar por preço superior ao preço legal.

O Orador: — Eu não tenho pessoal habilitado, competente, nem com vontade de fiscalizar.

O Sr. Cunha Liai: — Yi em . França vender-se açúcar sem haver os conflitos que entre nós se verificam- e que são resultantes da impotôncia do Estado português,

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O Orador : — E a crise moral que atravessa a sociedade portuguesa, e ó- isso que dá que pensar sobre o futuro. da nacionalidade portuguesa.

O orador não reviu.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis) : — Sr. Presidente: desejava chamar a atenção do Sr. Ministro da Agricultura para a situação deveras lamen-

Jbiário ia Cfanara dos Deputadas

tável em .que se encontra a Escola Agrícola Matos de Souto, da Ilha do Pico.

Sabe V. Es.a que a Escola Matos Souto foi criada, tem sido mantida e foi construída à custa dos rendimentos dum legado de 155:000$, feito a favor dessa escola por um açoreano ilustre, falecido no Rio de Janeiro. Feita a aquisição dos respectivos terrenos, construção do edifício e a aquisição do material necessário, ela não tem funcionado. Isto é, não corresponde ao fim para que foi criada, e ao fim que presidiu à intenção do doador. Espero que V. Ex.a, ouvida a Direcção Geral do Ensino Agrícoia, providencie no mais curto prazo de tempo, a fim de que a Escola de Matos Souto corresponda ao fim para que foi criada.

Lamento não ver presente o Sr. Ministro das Colónias, mas peço ao Sr. Mi-DÍstro da Agricultura, o favor de chamar a atenção daquele seu colega para o que se passa com os médicos coloniais, quo

dir à sua situação.

O Sr. Ministro da Agricultura (Joaquim Ribeiro) : — Tomei nota das considerações de V. Ex.a e transmitem os desejos do ilustre deputado ao Sr. Ministro das Colónias.

O Sr. Maldonado de Freitas: —Sr. Presidente : aproveito a presença do Sr. Ministro da Agricultura para dizer a S. Ex.a factos de certa gravidade, muito importantes, passados com funcionários públicos.

Há um funcionário público que tem ume mercearia na Rua Fernandes da Fonseca, e cuja requisição de manteiga passou do 10 quilos- para 20. Para que um seu vizinho o não denunciasse, deu-lhe parte da manteiga. O mesmo sucedeu com o açúcar.

Voges: — Quem é?

O Orador: — É o Sr. Marques Nogueira, chefe da repartição do Comércio e Indústria.