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Sessão de 4 de Março de 1920

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cios como o da própria vida, devemos dar alguns benefícios e não os deixar prejudicados, e permitir a outros indivíduos que não foram para a guerra passarem-lhes adeante.

Sr. Presidente: tive ontem ocasião de dizer aqui que os oíiciais milicianos, bem como os que na mesma ocasião saíram da Escola do Griíerra, tinham sido preparados apenas por oiiciais subalternos, e não poderiam desempenhar todos os outros postos do exercito. S. Ex.a disso que do há muito se interessa pelas questões militares, mas parece-mo que se esqueceu de que os oficiais não têm todos as mesmas f i niçõcs, o que não sucedo com os médicos e advogados, que tanto o são aos 20 anos como aos 60.

Sr. Presidente: as funções de subalternos não são as mesmas que as do um comandante de batalhão, como as do um general não são também, as mesmas de qualquer comandante do batalhão, deforma que estes oficiais, tendo obtido na grande guerra uma preparação completa para as funções de subalternos, seria tolher-lhes a-promoção e o. futuro, se'não se tomasse como base essa preparação obtida.

Também S. Ex.a se referiu às conclusões a ([iie a comissão do guerra chegou. Devo dizer que não sou daqueles que acreditam nas grandes1 conclusões toma-, das muito depressa. A guerra pode di-zor-sc terminou ontem, o ó ainda muito cedo para tirar dela as necessárias conclusões..

Nós vemos que o exército francos mantêm ainda a mesma-organização o entro nós, que combatemos ao lado dos ingleses a cuja organização nos tivemos de subordinar, existe também ainda a mesma.

A verdade, porém, ó que as grandes sumidades que organizaram o dirigira ma grande guerra, não tiveram ainda tempo para, escrever as suas memórias, os soiís artigos em jornais o as suas conferencias.

Na minha opinião, Sr. Presidente, estamos muito atrasados relativamente a podermos com. confiança dizer que a gran-do guerra trouxe esta ou aquela alteração .

Sobre o artigo 10.°, o Sr. Afonso do Melo permitirá que lho responda ao mesmo tempo que o faço ao Sr. António Granjo.

O Sr. Orlando Alargai foz considora-Çõos^.a favor do princípio gorai em q no o projecto só baseia, o não posso deixar do acompanhar S. Ex.a para quo om brovo espaço de tempo se trate de organizar o exército colonial, "conforme convêm, visto que o quo existe vem já do longos tempos. Essa organização elevo merecer todo o nosso, cuidado.

O Sr. António Graujo bordou as suas considerações eni volta da questão, que já havia versado, na comissão do guerra. ' Não concorda S. Ex.a com o princípio de não se dar entrada nos quadros permanentes aos/oficiais milicianos que, segundo o projecto, ficam fazendo serviço pcnnanontcmentc. S. Ex.a desejaria que Ossos oficiais entrassem para1 o quadro permanente.

Devo dizer a S. Ex.a que, já pela minha situação militar, já pola responsabilidade que tenho em tudo que diz respeito aos oficiais milicianos, ou não poderia subscrever qualquer .coisa da-qual derivasse desprestígio para os oficiais „ do quadro permanente a que pertenço, nem para os oficiais milicianos pelos quais sempre me interessei. Só defendo o°con-tinuo a defender, 'intransigentemente, a situação dos oficiais milicianos que ficam na efectividade de serviço, mantondo-se na- situação de oficiais milicianos, não é do maneira nenhuma para criar situações deprimentes nem para uns nem para outros, mas sim por ter om atenção os legítimos interesses da disciplina e até desses próprios oficiais.

Não sondo assim, resultaria o absurdo de vermos ôsscs oficiais quo foram à guerra, que andaram nas trincheiras submetidos a todos os perigos, ficarem para o efeito do promoção numa situação diferente da daqueles quo à guerra não Atenham ido.

O Sr. Vergilio Costa: — Não compreendo. Evidentemente, passando esses oficiais milicianos para o quadro permanente tinham do seguir a escala. Ora naquolo quadro não há dois oficiais quo tenham a mesma, antiguidade; são sempre uns mais antigos do quo outros. Eu pregunto, pois,