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Diário da Câmara dos Deputados

O azeite passou de 1$10 para 1$40 e 1$60 e lia casas que ainda se preparam para maior alta. De uma eu sei que pelo telefone manda as sucursais aumentar $10 em litro.

O Orador: — Mais uma vez eu tenho a honra de afirmar à Câmara que não tenho culpa de que o lavrador A~cnda o azeite por alto preço.

Eu não tenho culpa do» que cm Lisboa se A'enda o azeite a 1$80, a 2$00 ou até a libra. E elaborei uma lei na melhor, na mais honesta das intenções. Se ela não surtiu os efeitos desejados, foi porque se •não cumpriu. J

Uma voz : — Isso é grave !

O Orador: — Não tive outro propósito que não fosse o' de evitar a subida de preço do azeite. Fiz uma proposta nesse sentido e pretende-se agora afirmar que eu não me tenho preocupado ' com o 'assunto.

O Sr. Domingues dos Santos:—Naturalmente ! Que importa a existência duma lei se ela se não cumpro?

O Orador:—Fui eu o primeiro a afirmar nesta Câmara que o preço de 70 centavos o litro do azeite era suficientemente remunerador para o agricultor. Quando tomei conta da pasta do Comércio, já esse preço tinha, porem, atingido uma alta formidável não na mão do lavrador,-mas na do negociante. Encontrei-me, pois, em face dum facto consumado.

Uma voz:—Nesse caso V. Ex.a não tinha mais do que proceder à requisição do cázeite e entregá-lo às câmaras municipais.

ORDEM DO DIA

Discussão do parecer n.° 144

O Sr. Pereira Bastos: Antes de responder às considerações que, a propósito do parecer n.° 144 em discussão, fizeram os ilustres oradores- que hontem sobre cie usai&m da palavra, permita-me Y. Ex.a, Sr; Presidente, que, eu retifique aquilo que porventura possa conclnír-se o das minhas palavras acerca da preparação ssiontífica dos oficiais milicianos.

Fazendo a' comparação entre a preparação dôsses oficiais o a dos saídos da Escola "de Guerra, eu não quis de "fornia alguma sustentar que estes possuíam uma instrução militar deficiente, mas simplesmente que estes por não possuírem a preparação prática da guerra, não podiam sob Osso ponto de vista julgar-se superiores aos seus camaradas milicianos.

Além. disso eu não podia ter o intuito de ser desagradável à Escola de Guerra e sobretudo >aos cursos de 1917, visto .que à frente dCssc estabelecimento só encontrava o Sr. Morais Sarmento incon-.testavclmonto uma das figuras mais prestigiosas do nosso exército.

Dadas estas explicações, para que a Câmara não dO má interpretação às •minhas palavras, vou -responder às considerações dos Srs. Deputados Plínio Silva, Afonso de Melo. Orlando Marcai o António Granjo.

O Sr. Plínio Silva parece não ter compreendido bem o pensamento da comissão de guerra, mas S. Ex.n rcíeriu-so' mais ao Sr. Ministro da Guerra, e creio que S. Ex.a já lhe respondeu. O ilustre deputado deseja sabei: se fica de pé o decreto de 25 de Março do 1911.

A grande guerra trmixe-nos lições boas no campo económico, no campo social, etc., mas sob o ponto de vista de organização militar ainda estamos á espera de que as sumidades lá do fora deliberem, para então nós outros tomarmos qualquer resolução e firmarmo-rros em autoridades de valor..

Devo dizer que o que se tem feito' em Inglaterra, França e América não é novidade para nós.

Nestas condições, não devemos ter pressa.

Com relação às considerações do Sr. Afonso de Melo, devo dizer que S. Ex.a não tem razão, dizendo que se trata mais deis conveniOncias dos oficiais milicianos do que das necessidades do exército.

Não é assim. Parece-me que tendo os oficiais milicianos provas que marcaram na guerra, justo ó que tenhamos para com Cies contemplações.