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E, por isso, absolutamente necessário e imprescindível que se trate imediatamente não só de garantir c manter a ordem pública no país, eoino de prestigiar o nome português no estrangeiro.

Contra todas as campanhas internas e externas de descrédito da nação e do regime protesto coin toda a minha alma dê patriota e de republicano.

O Sr. António Granjo: — Disse ontem aqui o Sr. Henrique de Vasconcelos que a verba existente na legação de Madrid ipara obstar a essa campanha eram 3 c

O Orador: — Não sei se S. Ex.a, ao dar-me a sua informação, qiaere dizer que é demasiada ou exígua essa verba, o que eu afirmo é que se torna absolutamente necessário, com sacrifício até, se for preciso, fazer a propaganda e defesa do nosso País no estrangeiro. Sei que existo no Ministério dos Negócios Estrangeiros uma secçRo de imprensa criada pelo Governo Domingos Pereira, encarregada de se-guir com atenção tudo quanto se passa e diz lá fora em relação ao bom nome de Portugal. Igaoro se essa secç3o tem correspondido em absoluto ao fim para que foi criada. Não posso contudo deixar do confessar que, emquanto o Sr. Melo Bar-íeto esteve no Ministério dos Negócios Estrangeiros, vi que se tinha cuidado desse assunto, tendo ocasião de ler em jornais franceses e espanhóis artigos elogiosos pára Portugal o Unia informação, por vezes cuidada e quási sempre exacta, da vida nacional.

Bem sei que não é tudo, porque é preciso que a defesa vá até o ponto de se saber quais as pessoas que permanentemente estão tramando, aqui o em Espanha, contra os interesses do Portugal, sem respeito pela líaldade o cortesia que temos pela Espanha, para nada querendo tíabor dos seus dissídios internos o desejando tam somente que, como país vizinho e amigo, resolva os graves problemas sociais que a vem afligindo. E, mais do que isso, ó necessário averiguar até que pooto se lígarn com as campanhas contra nós feitas em iLapanha as notícias tendenciosas que sobre Portugal se estão publicando na imprensa do Brasil.

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Sabe V. Ex.a e sabe a Câmara a importância e o vulto que tem a nossa colónia no Brasil, a soma de interesses que lá possuímos e as boas relações .que sempre com o Brasil mantivemos e, entretanto, vejo que há jornais brasileiros que nos tratam tam mal oa pior do que os jornais nossos desafeiçoados de Espanha. ' i Sem o meu protesto esse facto não continuará. Já tive ocasião do tratar dele, e tratá-lo hoi tantas vezos quantas sejam precisas porque, se cm Espanha há pessoas que nos querem mal e de quem temos que acautelar-nos, não temos que acautelar-nos menos da campanha que contia nós se está fazendo no Brasil^ quem sabe se em nome de interesses concorrentes deslialmente lutando connosco!

E necessário, portanto, se o Governo português está à altura da sua missão, que intervenha - imediatamente junto dos Governos espanhol e brasileiro para que esta situação acabe para honra de todos nós. ,; Quem nos garante que, pelo menos no Brasil, a campanha a que me refiro não terá péssimas consequências?

Bem pode ser que a colónia portuguesa se indigne e proteste no sou justo sentimento de patriotismo, e daí nos advenham dificuldades. Convôm prevenir antes do que remediar.

Não peço a prisão de ninguôm, nem pedi a palavra para criticar ou dalguma maneira analisar o acto. do Governo. Para isso falou o leader do Partido Republicano PortuguOs. E, como está presente o Sr. Ministro da Justiça, certamente não deixará de dar as necessárias explicações.