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Diário da Câmara dos Deputados

lecer inteiramente e imediatamente uma situação internacional maravilhosa-, ou mesmo boa.

Não conseguiu tal resultado nenhum dos mais notáveis tratados anteriores, que puseram termo a conflagrações menos extensas, demoradas e intensas do que esta de que acabamos do sair.

Nem mesmo o poderia conseguir amanhã uma nova Conferência que se reunisse para o rever, ou piira fazer um novo tratado—e tanto que os seus mais ásperos críticos e os que mais propugnam pela sua revisão, ou rejeição, estão divididos, têm pontos de vista absolutamente con-• traditúrios e opostos, são dominados por sentimentos e ideas que se chocam e de-gladiam.

Portanto, esta Comissão entende que o Parlamento Português deve dar a sua rã tificação ao Tratado, - fazendo aliás seus os eloquentes e enérgicos e justos protestos que perante a Conferência apresentou o presidente, da Delegação Portuguesa — o eminente estadista e jurisconsulto Dr. Afonso Costa—, -e manifestando o seu sentimento por que Portugal não tenha podido obter, como não obtiveram as outras nações —pequenas e grandes—,a devida compensação a todos os seus prejuízos, aos seus pesados sacrifícios, aos valiosos serviços, que prestou em torras deÁfricae nos campos da gloriosa França, e aos denodados e valorosos esforços dos seus soldados de terra e mar.

Cabe aqui prestar a mais calorosa homenagem a estes soldados, como a todos os que contribuíram para que Portugal, honrando os compromissos tomados para com a sua secular aliada — a Inglaterra — e reatando as suas tradições de cavalheirismo e heroicidade, ocupasse na contía-grt cão mundial um posto do honra e de responsabilidade, em que, através de tudo, conseguiu manter se até o fim, cooperando até o último momento para a vitória do Direito e da Justiça, da Liberdade e da Democracia!

Tom esta suprema compensação, que ó um grande incentivo para continuar agora na paz, pela ordem, pelo trabalho, pelo culto dos bons princípios e pela adopção dos melhores processos, uma cooperação não monos útil e necessária na tarefa da reconstituirão dum no\ o mundo, em. que o bem-estar dos homens, a fra-

ternidade e a solidariedade dos povos e o progresso social não sejam palavras vãs e antes sejam concretas realizações desses permanentes ideais da humanidade. — João Pereira Bastos — António Aresta Branco (com restrições)'—Jaime de Sousa — António Maria da S Uva — António Granjo — Luís de Mesquita Car-oallio (com restrições)—Ai L. Aboim-Inglês (com restrições)'—Barbosa de Magalhães, relator.

Proposta de lei n." 329-B