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O Sr. Vitorino Guimarães:—Em nome do Partido Republicano Português, associo-me ao voto do sentimento de V. Ex.a

O Sr. Ministro das Finanças (Pina Lopes):— Em nome do Governo associo-me à manifestação de sentimento proposta •por V. Ex.a e unânimelnennie acompanhada por toda a Câmara.

O Sr. Lopes Cardoso: — Em nome do grupo parlamentar da Reconstituição Nacional, associo-me ao voto de V. Ex.a

O Sr. Góes Pita:-—• Como Deputado pela Madeira associo-nie á manifestação de pezar proposta por V. Ex.a

O Sr. Nobrega Quintal: — Pedi a palavra para comovidamente agradecer a V. Ex.a e à Câmara o voto de sentimento proposto pela morte de meu avô.

O Sr. Presidente : —Em vista da manifestação unânime da Camará considero aprovado o voto de sentimento por mira proposto.

O Sr. Ministro das Finanças (Pina Lopes):— Pedi a palavra para enviar para a Mesa a primeira sório de propostas financeiras que o Governo tenciona apresentar ao Parlamento.

O relatório que precede a apresentação destas propostas é bastante elucidativo para se poder dispensar uma larga exposiçáo do assunto.

Não serão estas propostas, certamente, elaboradas com indiscutível perfeição, mas o Governo conta que o Parlamento o auxiliará com as luzes da sua inteligência e saber7 como é licito esperar de uma assemblea tam ilustrada e competente.

Sabem V. Ex.as e sabe-o o País intei-' ro que a nossa situação financeira não é tam desafogada e tam excelente como séria para desejar.

As finanças públicas não navegam, infelizmente, num mar de rosas. No entanto, confiado na boa vontade do Parlamento, conta o Governo com os elementos precisos para que possamos entrar num período mais prospero.

Diário da Câmara dos Deputados

Com a entrega completa do conjunto-de medidas que o Governo procura trazer ao Parlamento, creio eu que poderíamos até certo ponto solucionar o nosso problema financeiro; mas isso não é tudo-O País precisa de mais, por que precisa da solução do problema económico, que é-mais difícil do resolver do que propriamente o problema financeiro.

Em todo o caso, o Ministro das Finanças, de comum acordo com os seus colegas do Comércio, Agricultura e Colónias, que formam dentro do gabinete o que se convencionou chamar-se o conselho económico, procurará estudar as medidas mais adequadas, de forma a que possamos, resolver em parte o nosso problema eco-' nómico.

Um dos assuntos .que tem sido debatido, nos últimos dias, na imprensa e na praça de Lisboa, é a situação cambial.

Devo dizer a V. Ex.as que tenho fundadas esperanças em que a noss.i situação cambial melhore muito em breves dias, mais ainda do que já tem melhorado ultimamente.

Tendo lido ante-ontem num dos jornais da manhã referências à nossa situação-cambial, procurei saber junto do Conselho de Câmbios, que está entregue indiscutivelmente a entidades muito- competentes, muito patrióticas e muito dedicadas ao bem geral, o que havia sobro o assunto, e, felizmente, obtive os dados seguros para poder afirmar ao País que o Banco de Portugal possui os precisos elementos para fornecer "de pronto todas as cambiais necessárias ao' pagamento das autorizações concedidas polo Conselho de Câmbios.

O Sr. Cunha Liai (interrompendo): — £ Com as simples existências .do próprio-Banco?

O Orador: — Sim, senhor. Este Governo ainda não prestou lavores especiais, de qualidade alguma, a qualquer entidade financeira.