O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24

Diário da, Câmara dos Deputados

conjugado com o da carestia extraordinária dos transportes, e há-de ser para o- ano unia das causas mais importantes do nosso desequilíbrio económico, que por outro lado concorrerá mais para esta subida vertiginosa dos câmbios.

Esclarecido, pois, o ponto da legalidade do decreto recentemente publicado pelo Sr. Ministro da Agricultura, é da nossa atitude perante qualquer comissão que se nomeie, mostrada a nossa maneira de pensar relativamente à questão dos adubos, e chamada a atenção do Sr. Ministro para estes factos, quero por ultimo referir-me a um ponto.que tem maior importância do que muitos pensam.

Se o Congresso não for dissolvido ou se não houver qualquer cataclismo que derrube este templo da lei, convencer-se há de que vamos entrar numa fase nova. da vida política portuguesa.- -

O Grupo .Parlamentar Popular pretende lançar sangue novo na vida nacional.

Não pretende abafar as iniciativas, pelo .contrário, pretende desenvolvê-las. .

Mas, quem olhar para a vida nacional, vô que vivemos em regime de clientelas.

Para me servir da frase do Sr. Júlio Martins exisre o soviet da alta .finança, o soviet da moagem, o soviet dos caminhos de ferro, o soviet dos politicantes.

Pretendemos nós derrubar todos esses soviets, mas não queremos entravar o' desenvolvimento de qualquer iniciativa, antes encaminhá-la e dirigi-la.

Não se diga que para a vida nacional é importante este pulular do casas comerciais e bancárias ou de companhias de seguros, porque nada disto representa forma de aumentar os lucros de determinadas fábricas e emprôsas.

Queremos estabelecer para a vida nacional condições em que todos possam trabalhar dentro da lei honestamente.

Mas vive-se jugulado à Rua dos Capelistas, vive-se jugulado à moagem, na vida portuguesa.

Tudo se submete aos interesses da política, que muitas .vezes não sabe ver os interesses nacionais, pelo menos na mesma relação dos interesses pessoais-.

Havemos de fazer tantas campanhas quanto sejam necessárias. - Havemos de fazer a dos Transportes Marítimos, (Apoiados) da . qual se dizia

que não queríamos a discussão, o que ó falso.

Havemos de a "azer, e provar que os Transportes Marítimos eram o eixo -máximo das operações, (Apoiados} que depois se transplantaram para a moagem, à volta da qual se colocaram também as indústrias cfue precisavam traficar.

É preciso arrotear o Alentejo, aproveitar a energia eléctrica, modificar a vida económica.

Não nos encontram facilmente dispostos ' a deixar que os Ministros continuem a fabricar leis como estas,-Pm que a moagem não pode viver honradamente e tem que defraudar o público, iludindo alei.

Sr. Presidente: vou terminar.

A nossa atitude fica marcada: não te-, mós a pretensão de .viver ou firmarmo-nos na vida política portuguesa pelo escândalo.

Temos provado, que todas as questões dalguma importância, as queremos estudar com consciência.

Orgulhamo-nos disso.

Mas a vida portuguesa pode mudar.

Ou nos expulsam, ou nos matam ou hão de modificar-se.

Interrupção do Sr. Vaz Guedes que se não ouviu.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra quando o orador devolver, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

Segunda parte

O Sr. Presidente:—Vão ler-se as alterações do Senado ao projecto de lei que autorizou o Governo a despender dois mil escudos com a construção de um monumento comemorativo do combate de Águeda.

Leram-se na Mesa.

São as segvintes:

Artigo 1.° — Aprovado.

§ único—Rejeitado.

.a.rt. 2.° — Será aberto concurso pú-blice para apresentação de.projectos para o monumento e nomeada pelo Ministério da Guerra uma comissão para os apreciar.

Art. 3.°—O art. 2.° da proposta.— Aprovado.