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de 30 de Abril de 1920

no mercado.

Aparte do Sr. Ferreiro, da

O Orador:: — O Governo, se tiver de adoptar algumas medidas enérgicas, sabe muito bem onde há-de ir buscai* 'as cambiais que precisar.

Sr. Presidente, referiu-se o Sr. Deputado tambôm às guias do ouro, dizendo que não se pode manter aquela disposição que determina que parte dos direitos alfandegários sejam pagos em ouro. porque a Junta do Crédito Público não tem o ouro indispensável para cobrir 0ssas guias-ouro.

Devo dizer que a Junta do Crédito Público há mais de um mês que tem o ouro necessário para satisfazer todos os encargos. Já hoje me foi pedido que autorizasse que os direitos alfandegários deixassem de sor pagos em guias de ouro, embora o Estaclo cobrasse ao câmbio do dia a importância correspondente a esses direitos,

O Sr. Ferreira da Rpéha:

truir a economia! ,

•Seria des-

Q Orador; — Respondi, de facto, negativamente, apesar de me dizerem, e eu saber, que os elementares princípios de economia, condenavam aquela doutrina, vista que aparecendo na praça muitos pedidos ,de guias-ouro, elas subiam infalivelmente de valor.

Aparte do Sr. Leio Portela.

O Orador: — O Banco de Portugal é a

Caixa do Estado, e V. Ex.a sabe que

quaisquer transacções que o Estado faça

com. aquele Banco são apreciadas sempre

. por quem de direito.

O Sr. Leio Portela : — O Estado só no fim do ano económico ó que vai ver o saldo que tem no Banco de Portugal?

O Oredor : — O

vê "-empre que

ão

Sr. Presidente, sobre o assunto dás considerações do Sr. Leio Portela, nada mais posso dizer a S. Ex.a, o que não sucederia se, porventura, S. Ex.a tivesse mandado para a Mesa uma nota de interpelação, porque então eu poderia, e deveria, porque é essa a minna obrigação, preparar-me mais convenientemente^ trazendo a S. Ex.a e à Câmara os esclarecimentos que pudesse trazer sem prejuízo desinteresses nacionais. (Apoiados).

Tenho dito.-

O Sr. Presidente: — O Sr. Ferreira da Rocha requereu que o assunto em discussão constitua matéria da ordem, para ser incluído na ordem do dia de amanhã. Os Srs. Deputados que aprovam...

O Sr. Velhinho Correia: — Para ordem do dia devem ir as propostas de finanças para se criar receitai

' O Sr. Ferreira da Rocha: — Deve votar-se o requerimento!

O Sr. Cunha Liai:

os escândalos! Sussurro.

i Querem abafar

O Sr. Ferreira da Rocha (sobre o modo de votar}: — Sr. Presidente : fui eu que requeri a generalização do debate, porque entendo que num assunto de tanta importância todos os Deputados t6m o direito de intervir. E não se diga que se quere discutir o assunto unicamente pelo pretexto de falar, porque o assunto é tam importante que demanda os esclarecimentos de todos. .E não se diga também que há intuitos políticos, porque eu nunca os tive, e estou certo que ;os outros Srs. Deputados, como eu, querem tam somente apreciar a nossa situação cambial, a fim de verem se conseguem melhorá-la.

Disse o Sr. Velhinho Correia que deviam antes ir para a ordem do dia as propostas de finanças. Eu devo dizer que, como membro da comissão de finanças, nem sequer ainda discuti essas propostas, e assim não percebo como se quero que elas entrem já em discussão. (Apoiados).