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Sessão de 6 de Maio de 1920

Nós repelimos, portanto, qualquer insinuação dessa natureza, se ela efectivamente deixou de ser feita num excesso de paixão do debate.

Como disse, respeitíindo as susceptibilidades do Grupo Parlamentar Popular, nós desejamos, pois, que tudo se esclareça, que se restabeleça a verdade inteira dos factos, para que, em conjunto, todos possam continuar na missão que o país nos confiou, quê é grave, principalmente Ha ocasião que se atrave'ssa.

Tenho dito.

O Sr. Henrique de Vasconcelos: — Sr. Presidente: eu serei breve nas minhas considerações.

Não tomou, que eu o saiba, o Grupo Parlamentar Democrático resolução. alguma sobre o assunto em discussão, mas, apesar de não ser intènçtão minha interpretar o seu sentir, creio que o vou interpretar nas considerações que vou fazer.

Sr. Presidente: nós estamos em face de duas renúncias: uma renúncia condicional do Grupo Popular, e uma renúncia definitiva do Sr. Vaz Guedes, infelizmente as diligências que V. Ex.a fez junto do Grupo Parlamentar, em nome da Câmara, para que ele se demovesse do .seu intento, não foram concludentes. A razão que lhe assiste, não a discuto neste momento, mas julgo que devemos abreviar o mais possível o intervalo em que ele tenciona aqui não vir, a fim de que desapareçam os motivos que deram lugar à sua renúncia.

Quanto à renúncia do Sr. Queiroz Vaz Quedes, se compreendermos os melindres especiais quo lhe deram lugar, é.certo que devemos insistir junto de S. Ex.a para que, em nome do sentimento republicano, nfto abandone a comissão, porque se ela se transformar ou modificar na sua constituição, poderá haver fortes suspeitas contra a sua acção, suspeitas de que atacada por um lado, ela, com a cumplicidade da Câmara, tinha conseguido que não se apurasse definitivamente a verdade. Eu lembro-me dumas palavras verdadeiras do Sr. Briaad, quando rebentaram .ims escândalos em Franca, em que estavam envolvidas altas pcrsonagsas políticas. Diais, S. .ífeoa quo B£O c

E preciso, pois, que essa comissUo tra balhe, com toda a consciência, mas tam" bem com toda a brevidade, para que se-houver crimes eles nSo fiquem impunes-e as suspeitas não possam recair em pessoas honestas que não prevaricaram.-(Apoiados}.

Tenho dito.

O discurso será publicado Tia integra,, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Eduardo de Sousa:—-'Sr. Presidente : sendo inteiramente concorde a minha proposta na sua doutrina, só divir-gindo nos termos, com a do Sr. Antónia-Maria da Silva, eu porque acho a de S. Ex.a mais precisa, requeiro que V. Ex.a' consulte a Câmara sobre se me autoriza que retire a minha proposta.

Foi autorizado.

O orador não reviu,.

O Sr. Álvaro de Castro: — Sr. Presidente: para dizer a V. Ex.a que aceito a modificação feita pelo Sr. António Maria da Silva à minha moção, mas pondero que ela não é, talvez, feliz, porquanto restringe a acção da comissão de inquérito.

Pregunto: se amanhã a comissão de inquérito encontrar outros nomes de Deputados, que não sejam os mencionados no relatório que enviou para a Mesa, não-tem ela poderes para apurar das respon-sabilidades desses indivíduos?

Parece-me, salvo o devido respeito, que' a modificação não é aceitável. As palavras que estão na moção que eu apresentei são estas: «supostos culpados», e estou convencido de que, de facto, é esta a melhor expressão para caracterizar a situação daquelas pessoas, cujos nomes-•foram mencionados nesta Câmara, porque,, na verdade^ não somos nós que lhes atribuímos 6sse nome, mas são eles que o atribuem a si próprios, tendo sido esse o facto que deu lugar a não quererem vir à sala das ãessfteSy visto quo só reputam^ dal gama maneira, na suposição de culpa-j pelo menos, por parto da. eamissílOo