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Sessão de 14 e 17 de Maio de 1920

passar sem a contestação devida. Vou íazô-la, no campo da verdade, da justiça e da-razão.

Declarou S. Ex.a desejar agir sempre no campo constitucional. Também o Governo só nesse campo agirá.

Nas conferências em que S. Ex.a tem falado, tem dito que o GovGrno é inepto. Mas pode estar certo de que o Governo saberá cumprir o seu dever.

O Sr. Álvaro de Castro: — Nunca fiz nessas conferências referências ao Governo, nem a favor, nem contra.

Emprazo S. Ex.a a provar o contrário.

O Orador: — Já vou provar. Quero seguir a discussão serenamente, com elevação, como é próprio de homens de bem.

Esta questão precisa de ser tratada com a maior serenidade e, por isso, eu peço a V. Ex.a para ser o mais breve possível nas interrupções que, porventura, deseje fazer-me. As palavras de V. Ex.a colocaram-me numa situação verdadeiramente difícil que me obriga a vir prestar claras e completas explicações perante esta Câmara, no uso dum direito que ninguém me contestará, qual seja o de me defender das acusações que me foram dirigidas.

O ilustre Deputado Sr. Álvaro de Castro, no ataque que ontem fez à minha acção como cheíe do Governo, chegou a alcunhar-me de opressor, afirmando que eu estava fora da lei e que ou mandara vigiar por ministros os actos de S. Ex.a na propaganda ultimamente realizada.

Oh! Sr. Presidente!^como magoamos-tas palavras saídas da boca dum homem que tam bem conheço o meu passado, e como S. Ex.a foi cruel em as pronunciar no dia em que, faz 6 anos, que eu estava considerado como desertor do Exército, prestos a entrar ao lado do S. Ex.a num movimento revolucionário para o resta belecimento dos princípios constitucionais que S. Ex.a injustamente afirma eu ter calcado agora í (Apoiados),

O ilustre homem púbiicu na sua injac tíficada anciã do mo atacar chamou-iiío ainda inepto, afirmando nus suas conferencias realizadas no Algarve q no actualmente os govorr-oK tio í 10 eoíiipmílium

os templos de Júpiter, nem possuem, talvez, a lúcida inteligência do Sr. Álvaro de Castro, mas são criaturas cheias de boa vontade e de amor à República e ao seu País, dispostos a todos os sacrifícios e prontos a responder pelos seus actos, o que já é alguma cousa.

Falou, depois, S. Ex.a em intentonas promovidas pelo Governo. Eu não sei o que pudesse ter sugerido a S. Ex.il semelhante presunção. O Governo tem, é certo, a força a seu lado para jugular quaisquer intentonas, mas jamais se servirá dela para as promover. No dia em que esto Governo reconhecer a sua incompatibilidade com o Parlamento, apresssar-se-ia a pedir a sua demissão, mas jamais o colocaria em situação de desprestígio. (Apoiados).

O Governo cumprirá o seu dever. Sabe bem defender a República e já não ó a primeira vez quo tom ensejo de o demonstrar. Não ó preciso que ninguém dê o grito de alarme quando us regalias verdadeiramente constitucionais se sintam prejudicadas, porque o Governo será o primeiro a reconhecê-lo, con siderando-se muito honrado em poder contar com o Sr. Álvaro do Castro a sou lado para salvar a República.

V. Ex.a não pediu um inquérito; fez uma afirmação categórica, e quem afirma ó porque tem provas incontestáveis e bem evidentes. Eu desejaria que V. Ex.n me reptasse apresentando provas.

Creia V. Ex.a quo essa política em vez de o levantar afunda-õ num lodaçal. A dignidade de V. Ex.a há-d e ser sornpre a mesma; mas politicamente V. Ex.a asfixia-se nessa orientação, bascando-a no que se chama, em estilo comesinhoj uma intriga.

Eu desejava que as suas palavras não fossem tani vagas o quo aíirmasse que uma pessoa chegada, ao Governo disuo que em tal dia haveria uma revolução da qual V, Ex.a era rosponsável.

Disse Y. Ex.a quo repudia qualquer suspeita do quo cstiveuse comprometido num movimento revolucionário, porque do qualquer alteração de ordem pública neste momento u:lvirií;ru graves consequências para a ivepúbliea.

TuinbC-m concordo com ússo. ^:-.n V»