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tiesaâo de 4 e 7 de Junho de 1920

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forças, foi para Monsanto defender as instituições republicanas e manteve a ordem neste país.

Não aprecio neste momento a acção política de S. Ex.a O Sr. coronel Baptista, pelo entrechocar das nossas paixões políticas, por circunstâncias variadas, apareceu um dia a presidir aos destinos do GovCrno.

A sua obra tem pontos de vista com os quais eu e o meu Partido estávamos de acordo, mas evidentemente há actos na vida dos homens públicos com os quais discordamos.

Porém, a campanha que fizemos foi sempre liai, aberta, porque, embora pudéssemos discordar da acção política de S. Ex.a, o que jamais poderíamos esquecer é quê S Ex.a, com as suas grandes qualidades de patriota, com a sua alma ardente e inconfundível de republicano, que.amou a República, era um português que amou o seu país. Morreu no seu posto.

O Sr. coronel Baptista foi amado por muita gente, respeitado por todos, querido por todos os republicanos, que vêem na morte de S. Ex.a o desaparecimento dum grande republicano, nesta hora em que todos se têm de concertar numa obra justa, numa obra grande, numa obra que dignifique a Pátria, que salve a República, que nobilite todos.

Sr. Presidente, em nome dos parlamentares do meu partido, eu venho aqui trazer, sentidamente e comovidamente, as homenagens ao homem que em vida se chamou António Maria Baptista, e que foi um grande republicano e um grande cidadão.

Tenho dito.

O Sr/Mesquita Carvalho:—Sr. Presidente: pedi a palavra para, em nome dos Deputados actualmente não filiados em nenhum dos partidos políticos com representação parlamentar já constituída, me associar às manifestações de homenagem e sentimento pela morte do coronel António Maria Baptista, Presidente que era do Ministério,

Umguem, decerto, deixou de se impressionar e comover com o desaparecimento rápido e inesperado do coronel Baptista, sobretudo pelas circunstâncias invulgares que o revestiram, o que são o .

sintoma da desordem dos espíritos e da perturbação que há tanto tempo vem agitando a sociedade portuguesa.

Não mo compete a mini, Sr. Presidente, embora me fosse agradável, fazer o elogio do coronel .Baptista; outros, que mais de perto o conheceram e que melhor, portanto, apreciaram as suas qualidades, o fizeram já. Portanto, apenas direi algumas palavras, como homenagem e preito à sua memória.

O coronel Baptista era incontestavelmente uma figura de destaque no nosso meio. Homem simples e despretencioso, militar valente e enérgico, político sem paixões nem rancores, ele deu ao país e à República o melhor do seu esforço, da sua dedicação e do seu sacrifício.

Chamado à Presidência do Ministério* numa situação grave e difícil, aceitou, sem hesitar e com denodo, o tremendo encargo, com todos os perigos e respon-sabilidades, até que caiu lutando no seu posto, sem que por mais tempo a sua abalada saúde pudesse resistir às lutas porfiadas, às perturbações constantes que o cercavam, e, porventura, aos desgostos, aos desenganos e às injustiças, que tantas foram e tanto magoaram.

Caiu, morreu, como já disse, na luta, no seu posto de honra, dando à Pátria e à República o seu serviço, o seu sacrifício, a sua fé de republicano. Basta isso para que todos nos descubramos, respeitosos, diante do seu cadáver e para que nos curvemos, agradecidos, perante a sua memória.

O Sr. Álvaro de Castro: — Sr. Presidente: em nome do Partido que represento nesta Câmara, presto a§ minhas . sentidas e dolorosas homenagens ao Sr.