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Sessão de 11 de Junho de í920

tanto declarar que não me julgo obrigado a proceder de igual fornia para com todas as pessoas que não estejam nas condições de Carvalho Araújo.

. Acho desnecessário salientar os serviços prestados por esse grande marinheiro, por esse grande patriota, por esse grande portugnês, porque eles estão na memória de todos.

Nestas cordições, em nome do Governo dou-lho o meu voto muito gostosamente, declarando, repito, que fazendo-o, não me julgo obrigado a proceder do igual modo para aqueles que não procederam de igual fornia. «

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente : brilhantemente o meu ilustre colega e querido amigo Sr. João Camoesas, falando em nome do Grupo Parlamentar a que me honro do pertencer, manifestou de uma forma clara qual o meu pensamento sobro as homenagens que se devem, prestar a Carvalho Araújo. E, Sr. Presidente, devo, patenteando duma maneira categórica a sinceridade da minha homenagem, lembrar neste momento o que disse quando nesta Câmara entrou em discussão o Tratado da Paz. Eu tive então o cuidado de começar por prestar as minhas homenagens, não só aos militares que em terra se bateram, como à marinha, destacando em Carvalho Araújo todos aqueles que com ele se tinham sacrificado.

Mas, Sr. Presidente, se o meu coração o o meu sentimento nesta ocasião vibram por Carvalho Araújo, visto a imprensa portuguesa de novo lhe fazer justa referência, em presença de um relatório do inimigo que salienta a heroicidade do acto por ele praticado, mi não devo entretanto esquecer outros bravos que praticaram feitos de não menos valor ao de Carvalho AraiVjo.

E, porque desejo ser sempre coerente nas minhes palavras e nos meus actos, procederei amanhã de igual modo, para coni aqueles incus camaradas, cujas famílias 0,11 porventura venha a saber vivem, em precárias circunstâncias, quer tenham ou não a sorte do serem os inimigos a fazer-lhes a referência que merecem.

Sr. Presidente : o meu espírito de justiça e a minha cabeça obrigam-me neste

momento a não esquecer todos aqueles que, como Carvalho Araújo, praticaram actos de bravura e valentia.

E, assim, eu acompanho o Sr. Dias da Silva que demonstrou ser um verdadeiro democrata, apresentando uma emenda pela qual aos marinheiros que combateram debaixo das ordens de Carvalho Araújo são igualmente dispensadas aquelas homenagens. Todos nós, oficiais do exército, sabemos que o nosso valor não se evidenciará se não formos auxiliados pelos nossos subordiuados, c assim a ôles pertence um grande quinhão dos nossos triunfos e das nossas glórias.

Sr. Presidente: acompanho com entusiasmo todos os lados da Câmara para que este projecto seja aprovado bem como o aditamento apresentado pelo Sr. Dias da Silva, devendo porém declarar da fornia mais categórica e terminante, que desde este momento de igual modo procederei para com todos os indivíduos que igualmente merecerem estas homenagens e se encontrem em situação precária, ficando toda a Câmara na obrigação de votar todos os projectos semelhantes.

Tenho dito."-

O Sr. Júlio Martins: — Sr. Presidente: associo-mo gostosamente ao projecto enviado para a Mesa pelo meu amigo e camarada Nóbrega Quintal, e faço-o porque estou couvoncido de que a sua aprovação representa um alto dever patriótico.

Já de todos os lados da Câmara se acentuou que ó absolutamente indispensável que fique esclarecido que nesta manifestação que a Câmara faz. votando esta proposta, não há qualquer significado político, seja de que natureza for.

A consagração feita a Carvalho Araújo ó, como muito bem disse o Sr. Nóbrega Quintal, uma consagração portuguesa, uma consagração nacional.

Sr. Presidente : discordo das considerações do Sr. João Camoesas, quando S. Ex.a afirmou que este facto tinha um significado niais alto, perante o País, só tivesse sido do Governo a sua iniciativa.