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Diário da Câmara doa Deputado»

rã, porque tenho muito respeito e consideração "pelo Parlamento do meu País.

Se S. Ex.as, porém, entendem que este Governo não lhes inspira confiança, que não pode realizar LS aspirações nacionais, ele seguirá o caminho que lhe indicarem.

Sairei deste lugar, mas nEo levarei saudades dele.

Creio que também as não deixarei.

Neste caso os corações encontram-se.

Mas, Sr. Presidente, ao menos faça-se a justiça de reconhecer- que este Governo teve sempre a intenção de proceder com honestidade.

Nunca abriu as portas dos Ministérios a favoritismo s.

Não deu entrada a milhares do empregados para ser agradável a quom quer que fosse.

Não se deve esquecer que ôste Governo prestou um grande serviço ao seu país, assumindo as responsabilidades da governação pública numa hora em que todos fugiam de as tomar.

Não conseguiu, porem, realizar por completo a sua obra, mas conseguiu que ela fique em via de realização.

Traçou um caminho que deixa desbravado à custa do dispêndio de muita energia e boa vontade.

O Governo que venha não poderá deixar de segui-lo.

Desejo que assim seja para que se leve a cabo a obra que todos nós desejamos ver realizada.

Tenho dito.

Gerador não reviu.

O Sr. José de Almeida:—Eequeiro a generalização do debate. foi aprovado.

O Sr. Presidente:—Tem a palavra o Sr. Malheiro Reimão, para explicações.

O Sr. Malheiro Reimão:—Sr. Presidente : ao Sr. Presidente do Ministério, que só limitou, nas ssuas considerações a explicar a razão por que publicou o decreto em questão, devo_ dizer que ou não iicgo que seja justo que aos secretários dos Ministros se abone a^ ajuda do custo de vida.

O que eu afirmei e afirmo é que o Go-vôrno não tinha autorização legal para publicar semelhante decreto.

Faço justiça às intenções do Governo, mas é necessário que os actos a elas correspondam.

Afirmei também que tal decreto ditatorial é irrito e nulo.

E todas estas minhas afirmações ficam de pé, visto que S. Ex.a não as rebateu.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. José de Almeida:—Sr. Presidente:— foi por se me afigurar grave a questão aqui levantada pelo Sr<_- que='que' no='no' a='a' malheiro='malheiro' generalização='generalização' èeimão='èeimão' do='do' requeri='requeri' p='p' debate='debate' eu='eu' consentiu.='consentiu.' camará='camará' há='há' pouco='pouco'>

É preciso, Sr. Presidente, que de uma vez para sempre os poderes que constituem a governação públicaj entrem no verdadeiro caminho.

Cada um no seu lugar.

Cada um exercendo sempre e unicamente as atribuições que as leis lhe conferem.

Cada um, emfim, desempenhando estritamente a sua função.

Só assim, Sr. Presidente, nos poderemos dignificar, só assim poderemos honrar a Republica, só assim, emíim, poderemos salvar o país. (Apoiados).

É preciso não esquecer a situação do país.

Ela, é gravíssima, como a todos os momentos aqui se proclama.

Ela reclama que todos nós assumamos as responsabilidades que nos pertençam pelos nossos actos e que aos outros im-ponhamos a obrigação de tomarem as que lhes caibam. (Apoiados}.

O que ó a medida governamental ultimamente publicada já aqui o disse à Ca- ' mara o Sr. Malheiro Reimão.

Ela constitui nem mais nem monos que um acto ditatorial.

Ela é contrária ao espírito de leis em vigor, algumas das quais são até da autoria do actual Govfimo.-

Assim vou enviar para a Mesa uma moção que é concebida nos seguintes termos :

Moção