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lheiro Reimão, assunto que é de pequena l importância ao pó do "caso das contas erradas, embora represente uma grande ilegalidade em presença da lei-travão e doutras leis já aqui trazidas.

Pois caia assim!

O grupo a que me honro de pertencer, repito, aceita a questão posta como o Sr. Presidente do Ministério a pôs. Fazendo justiça ao sacrifício do Governo e às altas qualidades de cidadão e de republicano que distinguem o Sr. Presidente do Ministério, nós dizemos ao Governo: ponha a moção de confiança.

Quem desejar herdar a situação para satisfazer vaidades, será criminoso.

Eu digo ao Sr. Presidente do Ministério, porque o respeito muito e porque sou seu amigo — talvez S. Ex.a não acredite — que entendo que deve cair. Caia para beni da nação.

Tenho dito.

O orador não reviu. '

O Sr. Velhinho Correia: —Não esperava que me chegasse já a palavra/ visto que julgava que outros Srs. Deputados estivessem inscritos antes do mirn. Mas'como o Regimento permite que cada orador em assuntos corno o do que se trata possa fazer uso da palavra, cluas vezes, vou falar já, fazendo algumas considerações que julgo oporttmcns, sem embargo de voltar a falar segunda vez. pois o assunto que se debate — o da qaeda do Governo — é deveras importante.

E importante e interessante para os destinos do país, e este tem o direito de saber qual é a situação de cada um de nós que tenha responsabilidades nos factos que se vão produzir.

Sr. Presidente: alguém, há nesta Ca-niara, e esse alguém quero eu ser, que se solidariza.% com a obra do Governo e em especial com a do, Sr. Ministro das Finanças, e faço-o absolutamente convencido de que com esse acto não desvirtuo de forma alguma o meu passado do republicano e patriota que tem sempre sabido manter --se intacto pelo respeito que deve à República e ao País.

Sr. Presidente: o Governo que aí está vai cair...

Vozes:—Vai cair? Vários apartes.

Diário da Câmara dos Deputados

O Orador:—Trata-se duma conspiração, da chamada casca de laranja. (Não apoiados).

A hora é de extrema gravidade, e ó tristíssimo que neste momento assistamos a uma conjura que por todos é conhecida, da qual se fala poios cantos desta casa.

A hora ó de tamanha gravidade, o momento é tam delicado, que todos nos devíamos reunir para assentar num plano a x realizar.

Para conquistar as cadeiras do Poder, seja por que preço for, não duvidam de entrar nesta luta mesquinha. (Não-apoiados).

Ó que fez o Governo ?...

Uma voz : —Errou as contas !

O Orador-: — Este Governo encontra-se na situação mais difícil enf que qualquer Governo se tem encontrado dentro da República; mas antes dele outros ocuparam. esses lugares j e esses é que slo os grandes responsáveis das dificuldades que agora surgom !

Sr. Presidente: tem-se feito a mais injusta campanha.

Eu não tenho tido tempo, ruas deveria responder a cada um dos assaltos e ata-qucs^que o Governo tem sofrido.

£ Porque é que se ataca este Governo?

Porque quis fazer face à situação difícil que atravessamos, apresentando as medidas que para isso julgou convenientes.

Se este Governo continuasse no regime de expedientes, como até aqui se tem vivido, não teria sofrido os rudes ataques, nem os duros combates que tem sofrido.

Todos os ataques feitos 'ao Governo foram por apresentar as coutas erradas.

Vou mandar para a Mesa uma proposta de sindicância para se saber de quem é a culpa.

O Sr. Ministro não pode passar o tempo a rever mapas.

Disse-se aqui que por um Ministro ter concordado com. a opinião do director geral não é culpado, hoje já se diz o contrario.

O Ministro não pode ter a responsabilidade daquilo que lhe apresentam, não pode unicamente rever todos os papéis.