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que nada ambicionou a não ser ver o seu nome entre aqueles que firmaram a Constituição da República. • Esse homem de escassas habilitações algum valor tinha, visto que conseguiu pertencer ao Directório do seu Partido...

Muito mais inteligente que instruído, nunca era debalde que se ouvia Magalhães Basto. A sua palavra era incorrecta, mas os seus conselhos eram sensatos.

Pela morte :de Magalhães Basto desaparece um dos mais antigos e dedicados republicanos e a homenagem que lhe possa prestar o Parlamento é-lhe devida pelos seus altos merecimentos e virtudes cívicas. Tenho dito.

O Sr. Álvaro de Castro: — Acompanho V. Ex.a, Sr. Presidente, no voto de sentimento proposto por V. Ex.a pela morte do grande republicano que se chamou Magalhães Basto e que comigo trabalhou nas Constituintes.

A República deve a Magalhães Basto as mais sentidas palavras pela sua morte.

O Sr. João Camoesas : — Sr. Presidente: em nome uu Partido Republicano Português associo-me às palavras de sentimento que V. Ex.a acaba de propor pela morte 'de Magalhães Basto.

Quando digo sentimento traduzo realmente a expressão da idea que nos domina neste momento.

Ele era um homem do tempo da propaganda, e era intensamente forte o seu idealismo; idea]ismo quo o levou a trabalhar pela implantação da República em Portugal, e podemos hoje dizer que todos os defeitos e faltas da República resultam dos homens da propaganda não terem conseguido que o seu trabalho ficasse de tal modo vincado na República, que a ordem social fosse aquela que eles desejavam antes de 5 de Outubro, e que se se lhes afigura grandiosa e prestigiosa jmra a nossa raça.

Magalhães Basto fazia parte daquela falange de homens quo faziam a propaganda por esse ideal.

Disse muito bem o Sr. Brito Camacho que o motivo que tinha trazido esse grande republicano ao Parlamento era pôr a sua assinatura na Constituição, cuja per-fectibilidade era a aspiração dos homens da propaganda.

_ Diário da Câmara do» Deputados

O Sr. Mesquita Carvalho :— Declaro a V. Ex.a que me associo com todo o sentimento, ao voto de pezar que V. Ex.a acaba de propor, pela morte do Sr. Magalhães Basto.

O Sr. Manuel José da Silva (Porto):— Em nome da minoria socialista, associo--me ao voto de sentimento proposto pelo falecimento do Sr. Magalhães Basto.

O Sr. Júlio Martins:—Pedi a palavra para em nome dos meus amigos políticos, me associar ao voto de sentimento proposto por V. Ex.a

Conheci Magalhães Basto, dos tempos da propaganda da República o quando fazia parte do respectivo directório do partido.

Nas Constituintes, elo foi nosso companheiro, e embora eu pudesse divergir do seu modo de ver, devo dizer que foi um grande republicano.

Eu entendo que a Câmara presta um acto de justiça, associando-se à justa homenagem que V.' Ex.a propôs.

O Sr. Presidente: — Em vista da manifestação da Câmara, será lançado na acta uni voto de sentimento, o qual será participado à família.

ORDEM DO DIA

Continuação da quês!fio prévia levantada â propósito do artigo 1.° da lei n.° 971

O Sr. Pedro Pita:— Sr. Presidente : com urgôncia e dispensa de Regimento, foi apresentado nesta Câmara um projecto de lei com um único artigo que prorroga até 30 de Setembro, próximo a autorização concedida ao Poder Executivo, pela lei n.° 971, quo remodela e reorganiza os serviços das diversas Secretarias de Estado.

Um projecto desta ordem não deve deixar de ser presente ao estudo das co-missSes desta Câmara, pois outros de muito menos importância e de influência muito menor, a elas têm sido enviados.