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O Sr. Cunha Liai: — A intenção é que, mós, representantes do Poder Legislativo, aião deixemos quo possivelmente se entregue aos inimigos disfarçados da Repú-Mica o comando do exército.

Defenda-se a alta personalidade do coronel Jaime de Figueiredo; que se não deixe armar uma cabala contra ele, de quem antecipadamente se dissera, antes de ser sujeito às provas, que não havia de ser general.

O coronel, Sr. Jaime de Figueiredo, quere que se defira o requerimento, pu-Iblicando-se todos os documentos, para que o exército possa avaliar a respeito desse acto.

Manifestamos o desejo de que se faça justiça a este republicano e qae o Sr. Ministro dê rápido andamento à questão.

Estafem que a Gamara inteira justifique o requerimento.

O Sr. Paiva Gomes quere que esta manifestação signifique alto apreço pelo

O orador não reviu.

O Sr. Brito Camacho: — Não há dúvida

Prestou à República os melhores serviços, mas, para mim, os membros do júri são republicanos; membro do júri era o Sr. Tomás Eosa, que à República tem prestado os mais brilhantes serviços, e íantos outros.

Se depois do voto da Câmara o Sr. Pe-droso de Lima continuar naquelas cadeiras, pregunto se se deve colocar o Sr. Ministro da Guerra nessa situação tam , crítica.

O orador não reviu.

O Sr. Cunha Liai: —Mais uma vez afirmo que o coronel Jaime de Figueiredo é um republicano de há muito. (Apoiados).

Tem dedicado a sua vida prestando relevantes serviços à República, manten-do-se sempre no respeito e consideração à disciplina e sempre numa situação de sacrifício.

Entendo que a República Portuguesa dignificar-se há significando que há soldados na sua terra que sã"o altos patriotas, poderão escolher melhor.

Diário da Câmara dos Deputado*

Não há inconveniente para a República na questão levantada.

É um soldado respeitado e respeitador. S. Ex.a tem qualidades de alta cultura intelectual o competência militar, largamente comprovada.

Eu entendo que a República distinguindo este homem, que a República manifestando desejos de que £ste conflito, em que está envolvida uma alta figura, como a do Sr. coronel Jaime de Figueiredo, se liquide, faz muito bem.

O Sr. Eduardo de Sousa (em aparte): — E preciso não esquecer que o coronel, Sr. Jaime de Figueiredo, foi um dós primeiros oficiais superiores do exército que, na imprensa, defendeu a necessidade da intervenção de Portugal na guerra.

O Orador: — De resto, não estamos agora a discutir qualidades de republicanismo de júris, porque essas apreciações pertencem ao Sr. Ministro da Guerra.

Se nós entrássemos nesse caminho, certamente nos levaria muito longe, nias se querem pôr a questão nesse pé, aceito-a, tal qual aqueles que atacaram a minha proposta u fizeram.

No facto que se trata nós não queremos saber quem ,são as pessoas que ostão envolvidas neste pleito, neni tam pouco queremos exercer coacções sobre o Sr. general Pèdroso de Lima, mas o que é preciso é que este pleito se resolva.

É natural que o Sr. Ministro da Guerra esteja preocupado com outros assuntos que se liguem com os interesses sagrados da República, mas o que desejamos é chamar a sua atenção para que resolva esta questão a favor do Sr. Jaime de Figueiredo, quo se faça aquilo que honestamente ele pode: resolver o pleito antes da decisão do júri.

Nós não queremos que o Sr. Ministro da Guerra vá oferecer o júri para julgar os candidatos a generais da República, nias o que queremos é que se proceda de forma a que nunca mais facto semelhante torne a. suceder.