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Sessão de 29 de Junho de 1920

uma injustiça que se praticou dentro da República.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Paiva Gomes: — Sr. Presidente: pedi a palavra para tratar deste assunto, e devo dizer à Câmara que, por informação do Sr. tenente-coronel Aguas, ex-Mi-nistro da Guerra, a questão está correndo da seguinte forma:

As provas prestadas pelos candidatos são de natureza secreta e não são susceptíveis, portanto, de publicação.

O Sr. Cunha Liai (interrompendo): — A apreciação disso é para o Sr. Ministro da Guerra, não é para aqui.

O Orador:—-Sr. Presidente: ia eu dizendo à Câmara quais os trâmites que esses processos seguem, faltando-me apenas acrescentar que .o voto do júri é livre e ninguém pode nele ter qualquer ingerência.

Ao Sr. Ministro da Guerra cabe, desde que se levantou qualquer suspeição sobre a forma, como o júri procedeu, mandar fazer um inquérito, ordenar uma sindicância.

Evidentemente que sobre os membros do júri não podem recair quaisquer sus-peições acerca do seu republicanismo, pois que essas pessoas estão muito acima de quaisquer suspeições.

Nestes termos, sou obrigado a modificar a minha opinião, tanto mais que, a pasta da Guerra está confiada a um oficial que merece a todos nós a maior estima e consideração, que tem dado as maiores provas de republicanismo e ainda porque o assunto é delicado, e porque se trata do disciplina no exército, eu direi que, em meu entender, a melhor forma do se solucionar esta questão é a seguinte:

V. Ex.% se assim o entender, tomará nota dos dosojos do Sr. Cunha Liai, sem que, no emtanto, a Câmara se pronuncie sobre o assunto, no sentido de chamar a atenção do Sr. Ministro da Guerra para que o caso se resolva, absolutamente, dentro dos limites da lei.

Tenho dito,

O orador não reviu,

O Sr. Presidentes—Eu quere-me parecer que não há vantagem em -se proce-

der à votação de um assunto desta natureza.

Não tenho dúvida em transmitir ao Sr.. Ministro da Guerra as considerações do Sr. Cunha Liai, como de resto já tenho» sido intérprete das considerações doutros Srs. Deputados junto dos respectivos Ministros.

Se V. Ex.a concorda com esta maneira, de ver, está o incidente liquidado; se V. Ex.a não concorda, submetê-lo hei h apreciação da Câmara.

S. Ex.a não reviu.

O Sr. Cunha Liai: — Eu aceito e acato-as indicações de V. Ex.a, e só me resta agradecer a sua gentileza de transmitir ao Sr. Ministro da Guerra as minha» palavras, que não tiveram eco nesta Câmara.

O Sr. João Camoesas (interrompendo):— Eu devo dizer a V. Ex.a que quando falei, exprimi o mesmo pensamento, para que se significasse ao Sr. Ministro da« Guerra que queríamos que se fizesse inteira justiça ao Sr. coronel Jaime de Figueiredo.

O Orador:—Desde o momento que o-Sr. Jaime de Figueiredo deu o júri por suspeito, isto para mim é bastante para eu o dar também, mas a Câmara está no seu direito de não se querer associar a essa homenagem, e o Sr. Presidente faz. muito bem em não consultar a Câmara.

No emtanto, devo dizer que me fizeram; levantar às 4 horas da manhã, para ir pedir ao coronel, Sr. Jaime de Figueiredo, que é considerado como um dos sustentáculos da República, que fizesse o favor de aceitar o cargo de Ministro da Guerra.

Agora só me resta pedir ao Sr. coronel Jaime de Figueiredo desculpa da dé-marclie quç fiz perante S. Ex.a

O orador não reviu.

O Sr. Álvaro de Castro:—Falando-se-do coronel Jaime de Figueiredo, eu não podia deixar de pedir a palavra para prestar a minha homenagem a am vulto militar de tanto valor, republicano esforçado, que tem dado o melhor da sua vida de militar à República.