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Diário.da Câmara úot Deputado f

Sr. Presidente: este pedido é feito principalmente^ p ela Câmara Municipal de Ta-vica e por aquela ilustre família.

Sr. Presidente: trata-se.de uma homenagem , prestada a .um grande português que foi Tomás. Cabreira.

•Mando,,pois, este projecto para-a-Mesa pedindo a V. Ex.a .o obséquio de consultar a Câmara sobre se permite para ele .a urgência e-a dispensa do ^ Regimento.

Pausa.

O Orador : — Sr. Presidente : desejava saber se V. Ex.a se pode encarregar de transmitir .umas observações .que tenho a fazer, ao Sr, Presidente do Ministério, a propósito da greve do. pessoal da Imprensa. Nacional.

Como ontem assisti nesta Câmara ao facto dum Sr. Deputado pedir- a V. Ex.a para transmitir umas considerações (creio que ao Sr. Ministro da Guerra), eu pre-gunto se V. Ex.a pode fazer o mesmo com o assunto que desejo expor?

e

O Sr. Presidente: — V. Ex.a mand por escrito a sua comunicação que eu a transmitirei ao Sr. Presidente do Ministério.

O Orador : — O objecto das minhas considerações consta deste memorandum que farei chegar às mãos de V. Ex.a

Está em greve o pessoal da Imprensa Nacional e devo dizer que esta greve é de todo o ponto justa, visto que esse pessoal *há .muito apresentou aos Poderes Públicos as suas reclamações, que não têm -sido ouvidas, quando mereciam sê-lo, -tam justas elas são.

Os tipógrafos da Imprensa Nacional têm em média um salário muito inferior ao que obtêem na indústria particular.

Um 'tipógrafo na Imprensa Nacional ganha como um apretídiz da mais'modes-ta tipografia.

Os melhores tipógrafos da Imprensa Nacional vão procurar trabalho na indústria particular onde auferem melhores salários.

Ultimamente o pessoal pôs-se em greve .o .que trás graves.prejuízos, mesmo .até para os trabalhos desta .Câmara, pois eu tenho lá a imprimir um relatório sobre.-a ,-aplicação -da-frota mercante, trabalho,que j á devia estar pronto se não - fosse a-gre-

ve. E um trabalho .de.grande unporlân-cia e precisa ser. conhecido de todos.

(•Apoiados).

. Eu julguei que o Governo demissionário .não -. abordaria a questão da greve, mas vejo que tratou dumas questões mínimas, como a da Caixa de Reformas, etc.-

Nesta ordem de ideas, Sr. Presidente, eu tenho a honra de solicitar de V. Ex.a se digne pedir ao Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças, que-atenda desde já, e nos limites.do possível, as reclamações^daquele pessoal, considerando, muito principalmente, que, a» continuação da greve é extraordinariamente prejudicial, não só à marcha dos negócios públicos como aos trabalhos desta Câmara.

Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando devolver as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

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O Sr.'Presidente: —Estão presentes 60• Srs. Deputados. Vai prosseguir-se na ordem dos trabalhos.

Foi aprovada a acta da sessão ante-rior.

O Sr. Presidente: — O juiz da 4.a vara eivei de Lisboa pede que seja concedida autorização para que o Sr. Fer--nandes Costa ali vá depor como testemunha no dia 16 do corrente pelas 13 horas.

Foi rejeitado.

O Sr. Pais Rovisco:—Não pode ser! jA Câmara não pode rejeitar um pedido desta natureza!

Requeiro, Sr. Presidente, a contraprova !e invoco o § 2.° do artigo 116.°

Efectuada- a contraprova, foi considerada aprovada a autorização pedida.