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Diário da Câmara tios

• Ainda ontem recebi no meu gabinete delegados do pessoal, e estivemos avaliando, ponto por ponto, os factos das suas reclamações.

Saiu o pessoal dizendo que ia telegrafar, tam satisfeito estava com a minha atitude do justiça, para ir tratar com os camaradas do norte, pedindo-lhes iião só colocarem em greve, som que eu me pronunciasse em última analiso sobre o caso.

Foi, pois, com bastante surpresa que eu vi, tendo o caso entre mãos, que o pessoal se tinha posto em greve.

Não foz bem osso pessoal.

Isto não lho tira, porôm, .nem aumenta a resolução às suas reclamações.

Registo apenas, com mágua, que estando eu a ocupar-me do assunto, não tendo tempo para resolvê-lo como era legítimo, esse pessoal não tivesse esperado mais algum tempo, dias apenas, para ir lançar-se logo nessa atitude decisiva.

Tenho, repito, o assunto entre mãos. Procuro resolvê-lo com cuidado e justiça.

Se não poder resolvê-lo por outro meio, procurarei resolvê-lo por meio do Tribunal Arbitrai.

Entendo que esta fórmula é de admitir «a República, quando de lado a lado há reclamações a atender a discutir e a apresentar.

Certo é que procurei solucionar o conflito -com honra o dignidade para ambas as partes, de forma a terminar sem prejuízo para ninguém.

O Sr. Augusto Dias da Silva : —Não está -firmado um acordo...

O Orador: — Foi feito acordo verbal. •Cada um interpretou da sua maneira. Não há acordo escrito. Só os juizes ofi-jiais podem analisar

• com mais precisão.

O Sr. Augusto Dias da Silva: — V. Ex.a

não poderá defender o Sr. Fernando de Sousa. V. Ex.!l sabe corno é sinistra essa •criatura para Portugal.

O orador não reviu, nem foram revistos

• os «apartes» intercalados no discurso.

O Sr. Ministro das Finanças (Inocêncio •Camacho):—Sr. Presidente: não portento a. esta casa do Parlamento nesta legis-

latura, mas, antigo Deputado e, por conseguinte, conhecedor das praxes parlamentares, eu começo as minhas palavras, uma vez que é esta a primeira vez que tenho a honra de falar nesta Câmara, por dirigir a V. Ex.a e a todos os membros que a compõem os meus' mais respeitosos cumprimentos.

Satisfeita, gostosamente, esta velha praxe parlamentar, eu vou responder em termos breves, porque o tempo do que disponho neste momento me não permito delongas, às considerações que acabou de fazer o Sr. Dias da, Silva. S. Ex,a cin poucos minutos, aflorou os problemas que mais directamente, podem interessar a nacionalidade portuguesa.

Relativamente à questão da circulação fiduciária, que S. Ex.a abordou, eu devo dizer — como na velha frase popular: não lhe bulas, Madalena!

Efectivamente a situação fiduciária oxi-ge uma tal meticulosidade de referências, que nada se perde em falar nela o menos possível. Eu penso até que foi exactamente devido a uma sucessão do referências aos depósitos e a outros assuntos que só relacionam cora a circulação fiduciária, quo se dou uma série do fenómenos quo teve como resultante uma retracção do notas por parto dos seus possuidores que preferiram deixá-las nos .cofres, sem juro...

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — Querc dizer: V. Ex.a confirma quo houve realmente uma corrida ao Banco de Portugal.

O Orador:—Perdão, não foi isso que eu disse; eu não falei em corrida. Eu não estava em Portugal quando se deram ÉOS factos a que mo referi; estava cm Londres, e aí 6 que eu tive conhecimento de que a tal série de fenómenos de quo falei começava a desenhar-se com o não aparecimento vulgar de.depositantes.