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83 (te Julho de 1920

Mando para a Mesa as propostas de emenda, convencido que elas ^correspondem a uma necessidade que eu procurei resolver e, pela alta competência do Sr. Ministro, estou certo que terão o seu voto.

Foram lida-s e admitidas na Mesa e se rão publicadas quando sobre elas se tomar resolução.

AnÍ3S de se encerrar a sessão

O Sr. Costa Júnior: — Vi nos jornais umas palavras que são atribuídas a S. Ex.a o Sr. Ministro do Comércio, com respeito aos Transportes Marítimos.

Achei tam extraordinárias essas afirmações, que eu desejava saber se S.Ex.a mudou de opinião, indo para as cadeiras do Poder.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Velhinho Correia) : — Felicito-me por ter ocasião de dizer à Câmara quo aquilo que pensava sobre transportes marítimos ó o mesmo que penso hoje, e que as minhas palavras foram certamente mal traduzidas.

O Sr. Costa Júnior (interrompendo): — V. Ex.a sabe que já se estão fazendo transacções.

O Orador: — Sei; mas pode V. Ex.a ficar certo de que tenho o mesmo critério que possuía quando se tratou o assunto nas coinissões.

O orador não reviu.

O Sr. Augusto Dias da Silva: — Desejava ser esclarecido acerca. da situação da nossa praça.

Consta que as casas bancárias se estão defendendo da corrida aos bancos, pa-gando apenas aos seus depositantes.

A situação do comércio e da indústria é neste momento bastante gravo e, se o Sr. Ministro das Finanças não providenciar energicamente, estou convencido de que a dos trabalhadores, que se recente tanto ou mais com estes sobressaltos, será dentro em pouco completamente insustentável.

irá, também, que resolver duas questões importantes: a dosíósforos, cujo pés-

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soai se mantêm em greve porque, de facto não pode viver com os ordenados que venço, havendo ainda operários que ganham apenas 1$ e 2$ por dia, e a greve dos tabacos. Espero quo o Sr. Ministro, defendendo os interesses do Estado, saberá também solucionar estes probl.Bastam rapidamente como o exigem .".-í necessidades do País e a sua economia. Tr-lativamento aos tabacos, cujo uso constitui um vicio, o Sr. Ministro, se permitir um aumento de preço, desde que não consinta que a Companhia leve a parte de leão, destinando-se tal aumento em especial à melhoria da situação dos trabalhadores, praticará um acto de justiça.

Desejo também interrogar o Sr. Ministro do Comércio sobro o seguinte facto:

Quando só deu a última greve dos caminhos de ferro entre o Estado, que era então representado pelo Sr. Jorge Nunes, e a Direcção dos Caminhos de Ferro do Vale do Vouga, à frente da qual se encontra o Sr. Fernando de Sousa, inimigo das instituições, homem que só se sente bem quando as classes trabalhadoras se sentem mal, para assim a República ser ^prejudicada, foi firmado um acordo, segundo o qual 40 por cento da verba resultante do aumento de tarifas seria para para o pessoal. Como, porém, no fim do ano os 40 por cento resultavam muito mais que os vencimentos pedidos, o Sr. Fernando de Sousa nega-se a dar ao pessoal o quo lho é devido, levando assim de novo esse pessoal para uma greve, só com o intuiío de criar dificuldades à Ke< pública, apesar de não ser lícito faltar a um acordo firmado com um representante do Estado.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio (Velhinho Correia): — Sr. Presidente: respondendo ao Sr. Augusto Dias da Silva, drei que ó certo tor-se declarado em greve o pessoal do Caminho de Ferro do Valo do Vouga.

Foi coni certa surpresa que constatei esse facto, porque, horas depois de tomar conta da pasta do. Comércio, fui procurado por alguém quo mo deu conhecimento desse conflito.