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Sessdo de 23 de Julho de 1020

porque Olo tem sempre o indispensável para os cobrir.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis):—No entanto, V. Ex.a constatou quo se tinham dado fenómenos ma-nifcstainento anormais.

O Orador : — A nossa circulação fiduciária ó bastante elevada, mas não direi que soja excessiva.

Nós tivemos sempre o mau hábito do arrecadar notas, e jú quando a nossa circulação fiduciária era duns 70:000 contos, talvez uns 30:000 estivessem arrecadados.

Hojo poderá calcular-so estarem arrecadados para cima de 70:000 contos.

Quando estivo em Londres, todos os banqueiros ingleses me disseram que não era possível tentar qualquer operação no estrangeiro sem ter feito qualquer operação interna, porque não era justo lazer essa operação no estrangeiro sem termos feito sacrifícios entre nós, acrescentando que era ncces?ário reduzir a nossa circulação fiduciária.

O Sr. Costa Jún'or (interrompendo): — Já na confcrOncia a que assisti cm Londres se acentuou a conveniência de todas as nações reduzirem a sua circulação fiduciária.

Ato se disse que o primeiro país que tal fisesse, daria ordens ao mundo.

O Orador: — Isso não podia com certe-sa referir-se a Portugal, o eu, a respeito da observação feita em Londres para a diminuição da nossa circulação, respondi a esses banqueiros quo isso não ora possível por motivos quo eles ignoravam por desconhecerem os nossos costumes e circunstâncias.

Ainda há pouco tempo, todas as forças vivas do País, nas representações que dirigiram aos Governos, aconselhavam a diminuição da nossa circulação fiduciária; o agora, que estou no Governo, aqui espero qus elas se mo dirijam, para então lhes dizer sobre o assunto o que entendo.

Já nesse tempo ou assim pensava, e a circulação fiduciária não é nma cousa que se fixo por meio duma votação parlamentar.

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Para só conseguir realizá-la, é necessário, estabelecer a conveniente corrente em Portugal, mas isso levaria muito tempo, e o que é indispensável, é tratar des-do já com o maior carinho o problema das subsistôneias, e pôr nele muito interesse, muito cuidado e muita fé".

Resolvido ôle, o nosso sobresaito desaparecerá. (Apoiados).

O problema económico está primeiro quo o problema .financeiro. (Apoiados}.

S. Ex.:i ainda se referiu a dois pontos, relativos aos fósforos o ao tabaco, e eu direi, que ambos êies merecerão a minha atenção.

Mas, com respeito ao que mo foi dito cm Londres, devo ainda contar à Câmara quo em referência à questão dos fósforos produziu em Londres mau efeito a intervenção parlamentar numa questão meramente jurídica, chegando a ser-mo dito, que se alguém tivesse contratos com Portugal, já podia esperar o quo lho aconteceria.

Eu respondi que o caso era muito especial, não havendo razão para tais afirmações, o defendi como pude a honra do convento; mas senti que o facto que se realizou, foi um mau passo que se deu.

Não faço quaisquer apreciações, mas entendo quo devia contar o que comigo se passou; e se fiz estas referências, foi porque tive que aludir ao assunto.

Os pareceres que têm entrado a esto respeito, são diferentes, em respeito a cada uni dos vogais.

O Sr. Mesquita de Carvalho (interrompendo}:— V. Ex.a dá-me licença? Sucede isso com a Procuradoria Geral da República, mas com o Tribunal Administrativo tal não sucede, porque o seu voto é unânime.

O Orador: — Não me cumpre senão acatar a informação do V. Ex.a, tanto mais que ela vem do fonte bastante autorizada, mas o que é facto, ó que tenho recebido numerosos pareceres.

Espero novos elementos do informação, o V. Ex.a permitirá quo em assuntos desta natureza ou não avance mais.