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Sessào de 28 de Julho de 1930

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tados ó sempre maior quo a dos exportados, porque aqueles adquiriram um valor novo com o seguro, transporte, ctc. Pregimta-se: Como corrigir isso? Aumentando a exportação? Apenas isto não basta. E preciso produzir mais e atender a uni terceiro factor — factor trabalho — que se esqueceu.

Temos necessidade de produzir de modo a, por exemplo, não se nos tornar preciso importar tanto carvão nem tanto ferro.

O Sr. Cunha Liai: —Isso é para depoisc Não é num ano que produzimos ferro,

e temos necessidade de agir iniediata-

mento.

O Orador: — Não se pode fazer tudo em monos de cinco anos que é quando acaba o contrato dos tabacos. É o mínimo. Temos, pois, de adoptar . soluções transitórias e ó minha tenção propor aqui algumas medidas com que conto conseguir qualquer cousa. Não serei capaz, ó claro, do fazer uma redução sensível no déficit.

Uma voz:—Há-de aumentar.

O .Orador:—Em especial com as votações que, infelizmente, às vezes .aqui são feitas.

Penso que com o quo se vai pedir ao imposto não se pode fazer a redução precisa.

O Sr. .Cunha Liai: —

O Orador: — Dentro . ein pouco, .precisando ainda, no emtanto, de colher vários elementos.

As minhas propostas 'São duas muito diferentes das que têm sido sugeridas ato hoje,- não pretendendo com estas minhas palavras fazer uma propaganda imodesta.

Há também outras duas de iniciativa da Direcção Geral .que hão-dc dar resultado.

Desculpem V. Ex.as não me alongar mais por o -estado da minha voz não mo permitir.

Oportunamente, porOxn, o farei. j

O discurso será publicado na integra , quando o orador haja devolvido, revistas, as notas í

O Sr. Eduardo de Sousa: — Sr. Presidente : não tendo podido concluir ontem 1 as minhas considerações cfue iniciei acCrca. ; do capítulo do orçamento do Ministério j do Comércio, ora em discussão, concluí--Ias .hei hoje. '

Serei, no emtanto, muito breve, visto eu julgar ter deixado já suficientemente esclarecido o ponto concreto deste orçamento de que mo ocupei, mas também porque a hora vai muto adiantada e porque Cste orçamento entrou hoje em. discussão quando já mnguôm esperava por isso. gasto o tempo que devia ser reservado à ordem do dia na discussão quo até agora ocupou a atenção da Câmara, Assim frisarei de novo, Sr. Presidente^ que, nos termos ela proposta de emenda que ontem tive a honra de enviar para a Mesa, Ôste artigo 70.° do capítulo 8.° do orçamento do Ministério do Comércio para 1920-1921, deveria ficar redigido não como está, mas tal qual estava no de 1919-1920 que não chegou a merecei-as atenções da discussão no Parlamento. Infelizmente, Sr. Presidente, aumentou--se tam avult-adamente o número de professores do Instituto Comercial do Lisboa por um simples tmc orçamentológico, re--presenta, evidentemente, como julgo ter demonstrado ontem à saciedade, um verdadeiro atentado contra a lei orgânica do mesmo Instituto e contra todas as leis o regulamentos que regulam o ensino industrial e comercial no nosso país. Tenho aqui todos esses diplomas e nenhum deixa de me dar razão, como poderá verificar qualquer dos ilustres Deputados 'que me dão a honna 'de me ouvirem e que «e não contentarem com esta minha simples afirmação.

O Instituto Comercial de Lisboa" tem, nos seus cursos, cadeiras comuns com as do Instituto Industrial; nos termos da dei que rege o primeiro dôstes Institutos, em quanto 6les ambos estiverem funcionando no mesmo edifício, como sucede, essas cadeiras comuns serão -frequentadas no Instituto Industria), pelos alunos do In s. tituto Comercial e regidas pelos professores respectivos do primeiro destes lusti tutos.