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-Esporamos ansiosos o momento em que V. Ex.a venha desvendar esse mistério. Não seremos tam impacientes que não demos a S. Ex:a duas ou trôs semanas de repouso para nos desvendar esse segredo.

O qne sabemos já é que a proposta de lucro's de guerra está posta de parte.

Pode toda a gente ficar descansada, podem os dinheiros voltar aos Bancos, po.dem as pessoas assustadiças 'dormir tranquilas; todos ficamos sabendo que S. Ex.fl há-de arranjar dinheiro por outra .forma, e por uma outra forma tam hábil que nem as criaturas hão-de dar por isso.

Houve cousas na argumentação do Sr. Ministro das Finanças que não cheguei a compreender.

Disse S. Kx.a que isto não vai dum jacto, vai a pouco e porco.

,jMas em que se pode aplicar isto ao que ou disse?

• O pensamento do S. Ex.a não me parece tranquilizador para a Nação.. Será talvez bom S. Ex.a ver melhor o problema. S. Ex.a tem ideas a distância sobre o problema financeiro, e eu por ora não lhas quero desvendar.

Ligou o Sr. Ministro das Finanças talvez mínima importância à pregunta que eu lhe fiz sobre contribuições municipais. Chamo, portanto, de novo -a atenção de S. Ex.a para o caso. Seria um inquérito curioso verificar os valores >que- atingem 110 c 120 por cento-em alguns concelhos. A -estatística 'é absolutamente necessária ao '1-egÍB-la'dor. Já-tentei, pela Direcção -das; Contribuições e1 Impostos,-obter esses dados, imas --não -me;ifoi 'dada satisfação.

Oostudo-cla/relação dos impostos-«directos -e indirectos-, -e a -conclusão a tirar acercadas classes pobres,-serdanma cousa curiosa para avaliarmos da -justiça- das propostas que o "Sr. 'Ministr-o das Finanças -aqui trouxer.

'Mas,-emfim, -o-'debate vai longo, .e'eu-não quero1 fatigar mais a Menção da Câmara. ''Parece-me, -no emtafrto, que-as- declarações do Sr. Ministro das Finanças não tranquilizaram o espírito-público.--Em todo o caso deram, irmã--esperança : a,"publicação :do relatório • e-'as-pr-opostas de finanças.

'' Peco-lhe -que' faça- isso o1 mais depressa-possível. ;Altídam©s • a numa ^vaga.

Diário da Câmara dos Deputados

ficção -para contentar a opinião pública. Andamos aqui num vago de ficçõcs para contentar a opinião pública, que deseja o Orçamento aprovado.

Mais duodécimo, menos duodécimo, para um país que tem vivido nesse regime, é um tanto indiferente.

Podemos viver sem Orçamento num país onde 1:400 contos para um aquário foram pagos por verbas destinadas ao-barco Vasco da Gama.

Vejo -que nesta Câmara -me acusam de político, mas S. Ex.as é que, no fundo, são os verdadeiros políticos.

Eu nunca soube ser político.

O Partido Popular organizou-so para fazer uma política patriótica.

Des.de que se tem vivido neste sistema de .duodécimos, eu pregnnto porque vem agora a,-necessidade -de votar à pressa o> Orçamento.

'Dissente lá fora qne existe uma disposição que marca a dissolução do Parlamento, o qne, como o Sr. Presidente da Eepública não deseja fazer ditadura, o Orçamento terá do- ser aprovado até 15 de Agosto, e isto porque os Srs. Deputados não podem sofrer os calores do sol desse mês, e, aprovado ele, poderia ser dissolvido o Parlamento.

Votado o Orçamento,, poderão os Srs. Deputados ir .para -casa descansar até 2 de Dezembro, ficando o Governo com autorização para cobrar as receitas.

Mas é necessário que o Sr. Ministro das Finanças traga aqui as suas propostas, que nós .far-emos .a sua aprrciação tam rapidamente quanto possível. Mas senos -querem arrancar até 15

Tenho dito.

O'discurso será publicado na integra f quando o-orador haja'devolvido, revistas* as'notas ta giti gráfica s.

O Sr. Ministro- das Finanças (Inocôncio> Camacho):—Poucas palavras tenho a acrescentar ao que já disse ao Sr. Cunha Licil,--e, num e outro -ponto, eu' insistirei nas afirmações que já ;fiz.

É certo que houve deficiências nas minhas afirmações, mas .eu não podia-.adivinhar os- pontos que 'S. Ex.a trataria -e trazer tos-, competentes1 ^elementos.