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Sessão de õ de Agosto de 19.0

Como? Um homem sem dinheiro não p orle ser parlamentar?

A que espectáculo assistimos nós?

Para viver cm Lisboa ó necessário s. r rico; e não só os ricos, os operários também devem ser Deputados como na Suíça.

Tom isto diferença do aumento de subsídio.

Tenho somente de pedir que me sejam facultados esses meios de transporte: é preciso dar-lhe a interpretação verdadeira.

O Estado^ aumentou a essa Companhia as tarifas. É razoável quo essa Companhia facilite aos representantes da Nação o cumprimento do seu dever.

Tenho dito.

O Sr. Plínio Silva:—Roqueiro que o projecto em discussão baixe às respectivas comissões.

O Sr. Presidente: — A matéria já temo parecer da comissão de finanças.

O Sr. Plínio Silva:—V. Ex.a dá-me licença? Em virtude dos argumentos produzidos para a Câmara reconhecer a necessidade, de que a comissão se manifeste, é que fiz o requerimento.

O 'Sr.. Presidente: —A proposta primitiva essa tem parecer da comissão de finanças. , Sobre a Mesa não há por ora mais nada.

O Sr. Plínio Silva:—Peço pois a V. Ex.a consulte a Camará sobre se o meu requerimento pode ou não pode ser submetido à votação.

Posto à votação o requerimento do Sr. Plínio,Silva, foi rejeitado..

O Sr. Plínio Silva: — Roqueiro a contraprova.

Feita a contraprova, verificou-se o. mesmo resultado.

O Sr. João Camoesas: — Sr. Presidente : lamento que nesta altura da sessão, não se tendo feito a discussão dos orçamentos do Estado, não se tendo, discutido medidas de interôsse nacional e de interesse particular para muitas classes que merecem a nossa atenção, não se íeado feito sequer a discussão do importantíssimo projecto de lei quo está dado para ordem do dia, o quo diz respeito ao funcionamento das sessões parlamentares,

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cuja aprovação estou convencido de que frustaria todas as campanhas que contra o Parlamento se vem levantando no país, lamento, repito, que se traga à discussão um assunto que, dizendo respeito apenas ao interesse dalguns Deputados da Nação, dá a toda a gente o direito do supor que nós dedicamos mais cuidado ao estudo daqueles assuntos que dizem respeito ao nosso interesse do que àqueles que dizem respeito ao interesse da Nação.

Sr. Presidente: eu não concordo com a campanha que contra o Parlamento só tem desencadeado no país.

Comparando o Parlamento português com muitos Parlamentos da Europa, verifico quo nós não perdemos no confronto. Sucede ainda uma cousa curiosa : nessa campanha tomam parto, por vezes, classes que tom nas instituições parlamentares o maior c mais seguro fundamento de toda a sua segurança, o quo manifesta da parto dessas classes uma inconsciência absoluta, porque desenvolvem e dirigem uma campanha que, desacreditando as instituições parlamentares, só podem auxiliar sistemas antiparlamontares, cuja tentativa de aplicação certamente não são favoráveis ao direito e regalias que essas classes usufruem.

Não concordo com essa campanha, repito, mas reconheço, como parlamentar, que se nós prejudicamos a discussão do assuntos importantes quo estão na ordem do dia, sujeitando à discussão, de preferência, projectos que, como este, dizem respeito ao nosso interôsse particular, não nos autorizamos do maneira nenhuma a, de cabeça levantada, dizer que não tememos confrontos com eles.

E por esta razão que eu não poderei de maneira nenhuma ficar calado o não protestar, embora recaia no desagrath) dos meus colegas. Não porque não mo faça falta, porque muitas vezes, em propaganda do meu partido, sou obrigado a percorrer a província, mas porque não vejo que soja oportuna a sua discussão.

Concluo as iniuhas considerações requerendo a V. Ex.a que seja retirado da discussão este assunto.

O Sr. Mem Verdial (em aparte}: — Pode acrescentar; porque vivo em Lisboa.