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Sessão^de 5 d

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obra justa, o ainda com abundância de técnicos^ tenho a certeza do que o projecto da comissão de guerra foi elaborado nas melhores condições de bom êxito, nas cond;çOes do fazer obra desejada,

'Isso, evidentemente, não me dispensava de discutir se porventura tivesse tido tempo de, ao menos, o ler.

Se pedi a palavra foi simplesmente para lamentar que, estando nós há dois anos em estado do paz e tendo podido, durante todo este tempo, fazer a revisão da organização do nosso exército, ou para a conservar, ou para a modificar ou ainda para a substituir de conformidade com os ensinamentos da guerra, até a este momento nada se fizesse a tal respeito, como só fosso cousa indiferente para a nossa defesa nacional ter uma determinada organização ou outra diversa.

E lamentável ainda, o não deixará de suscitar reparos, que a primeira vez que aqui nos ocupamos do cousas do exército não seja para melhorar a sua organização, mas apenas para beneficiar os interesses dos sous oficiais. E una reparo que certamente lá fora se fará, e que eu lamento que tenha justificação.

Feitas estas observações, eu dii-ei,'pelo pouco quo pude ver do projecto da comissão do guerra, quo há, pelo menos, um ponto sobre que incide o meu reparo. Dá-se o caso, que talvez seja uma revelação para a Câmara, de sor*eu o único médico militar pertencente a esta casa do Parlamento.

Um aparte.

O Oradorf:—Refiro-me, é claro, aos oficiais do quadro permanente.

Mas, Sr. Presidente, e prosseguindo, no quo diz respeito a gratificações de patente, eu encontro para os médicos uma diferença que não me parece ser inteiramente justificada. Os módicos, além de torem o seu curso do preparatórios, que é muito longo, tom seto anos de curso superior, não me parecendo que haja outros oficiais que tenham um curso tam demorado como o sou.

uheiro, porque os- médicos têm recursos que a outros militares estão defesos, podendo, pelo exercício da clínica civil, aumentar" os seus vencimentos, mas pelo que isso representa de menos categoiia — ficassem nucia situação diferente da que se acha estabelecida no projecto. Sabem todos quantos são militares quo em outros tempos as arruas se hierarquizavam pela seguinte forma: engenharia, ostado maior e artilharia. Os médicos tiveram sempre, quanto a gratificações, uma situação especial, não vencendo como os engenheiros o como o estado maior, mas, também, não vencendo como qualquer arma menos categorizada.

No projecto colocam-so no mesmo pé de igualdade os engenheiros, estado maior e artilharia a pé, não achando eu que seja unia injustiça fazer-se a equiparação dos médicos com estes elementos.

O Sr. Tomás Rosa:—A comissão de guerra aceita a proposta de V. Ex.a, colocando os médicos na mesma situação que os oficiais de artilharia a pé.

O Orador:—Eu .farei a minha proposta.

Quanto ainda a gratificações, devo observar quo o custo da vida hoje no Porto ó idêntico ao que é em Lisboa.

Parecia-mo que não havia .razão para que esta gratificação de exercício fosse diferente em relação a Lisboa e Porto, e não o fosse em relação à Madeira e Açores, pelo menos para as mais altas graduações. ' "

Quando chegarmos à discussão na especialidade, mandarei para a Mesa as necessárias propostas.

Na minha qualidade de médico militar, parece que estou falando pró domo mea. Julgo, porém, que não seria razoável que eu, pelo receio de ser acusado, porventura, de puxar a brasa para a minha sardinha, não dissesse da justiça, da classe a que pertenço.

Uma

a pé.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ri-jbeiro):—Pedi a palavra para responder

voz:—Engenharia e artilharia l às considerações feitas pelo Sr. Brito Ca-

! macho no que se referem à necessidade de se estudar, não digo a reorganização de 1911, mas sim a adaptação a essa reorganização dos conhecimentos quo vie-