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Sessão tfe 16 de Agosto de 1920

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votar a proposta de lei, se a Câmara não resolver o contrário.

Vai votar-se o requerimento do Sr. Brito Camacho.

O Sr. Abílio Marcai: — ^V. Ex.a interrompe a sessão V

O Sr. Presidente : — Não interrompo; a não ser que a Câmara resolva interrompê-la.

O Sr. António Maria da Silva: — Se não houvesse «antes do ordem do dia» ganhava-se tempo.

Foi aprovado o requerimento do Sr. Tirito Q t m acho.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis):—Roqueiro a contraprova e invoco o§ 2.° do artigo 116.° do Kegimento.

Procede-se à contraprova, verificando-se ter sido o requerimento aprovado por 27 e rejeitado por 34 8r«, Debutados.

O Sr. Plínio Silva : — Sr. Presidente, ao entrar no debate da proposta de lei em discussão, anima-me a intenção de alguma forma poder contribuir para que se modifique o sistema até hoje adaptado, que infelizmente dia a dia se reconhece que apenas concorre para agravar a nossa precária situação financeira.

Uso da palavra para mostrar ao Sr. Presidente do Ministério que S. Ex.a fez algumas afirmações que não correspondem absolctamente à verdade.

Na altura própria mostrarei, por exemplo, a S. Ex.a, como na França, o parlamento, votou há lõ dias um crédito, para o fim de fazer face ao déficit proveniente da compra dos trigos, pois que fornece à moagem o trigo pelo preço da compra.

Lamento que quando nesta Câmara o *Sr. Costa Júnior levantou a questão do pão, não se tivesse aproveitado essa oportunidade para só lazer em Portugal o que se estava fazendo em outras nações.

Isso é o que se chama a política dos trigos, e o Sr. Ministro cias Finanças já teve ocasião cie di/.er quo ouro ora neste momento o trigo.

infelizmente vejo. pela. orientação do Sr. Presidente do Ministério, que continuamos n, seguir o sistema simplista do comprar lá fora trigo por todo o preço.

sem sabermos da situação financeira da compra dos trigos.

A primeira cousa a saber é a produção mundial.

Quando o Sr. Costa Júnior, tratou da questão do pão, eu tive o cuidado, apesar cie não se continuar a tratar dessa discussão, tive o cuidado, digo, de alcançar os elementos que mo pudessem pôr ao corrente da produção mundial do trigo.

O que são, em face da produção do trigo, as exigências dos diferentes países, podemos nós ver pelas diferenças de preços.

Lamento que o Sr. Presidente do Ministério não nos tivesse posto ao corrente do qual é a colheita prevista para o actual ano, dizendo-nos que as compras a fazer lá fora não andarão por custo menor a 80:000 contos.

Eu desejaria que S. Ex.a dissesse se, mesmo por esse preço, tem a certeza de poder a alcançar para o país a quantidade de trigo que julga indispensável para a alimentação de Portugal, continuando a seguir a fornia nefasta que se tem seguido até agora para a compra desse cereal.