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sã de 600:000 contos, nós vemos que essa despesa é aumentada eam 5:000 mil contos.

& Assim, para onde é q-ue caminhamos ?

O Sr. Abílio Marcai, 'vice-presidente desta Câmara, com a sua autoridade, que nos diga -se é justo 6stc esbanjamento dos dinheiros públicos.

Já no tempo do Sr Sá Cardoso -se pe-rdiu dinheiro; o até hoje não'se deu conta ao Parlamento em que 'foi aplicado o dinheiro.

•Estou convencido de que S. Ex.a teiiá muito -boa vontade em explicar para onde vai esse dinheiro.

^ Quem pode, -porventura, afirmar que amanhã S. Ex.a Tião será o primeiro -a vir dizer-no s que este crédito não é suficiente, ou que, 'pelo contrário, é largo de mais ?

Evidentemente que só a comissão de guerra, em Taco dos documentos que lhe forem apresentados, poderá fazer com segurança a indispensável análise das despesas a que se reporta o referido crédito e justificar ou condenar a sua necessidade.

Votar assim, quási inconscientemente, uma medida que tende a aumentar as despesas militares, exactamente 110 momento em que urge .reduzi-las, "pelo menos 'àquilo que eram antes da guerra, não me .parece de aceitar em presença 'das boas normas administrativas. "De facto, em-quanto o não fizermos, não temos autoridade moral perante o estrangeiro, que •tem os olhos postos em nós.

Eu fiu parte da comissão inter-parla-metítar do'comércio, e nessa ocasião ouvi •a vários ;financeiras e parlamentares afirmar que todo o país que 'quisesse fazer •matíter o 'respeito 'a que "tinha direito tinha de 'comtprimir as despesas -e aumentar as receitas ao 'má-ximo. Em Portugal, ccrasa curiosa, 'laz-se -positivametíte'a inversa; ó 'preciso, por&xn, 'que 'tal sistema •acabe, !e para isso'torna-se Tiecessário-es-tabelecer -um "modus^ivendi, em que todos possam ter o indispensável 'para viver. ;E não 'se diga, 'Sr. Fresideiíte., ;.q.ue eu faço "afirmações 'gratuitas, porquanto posso -citar 'à Câmara nm 'facto -que é ;bem elucidativo. Axasa^ornung está admirada de n:ãò -a/fazer em - pagar 'nada 'pelo «excesso 'da produção 'd# açtoear 'em ~'Moçam-

•Diàrio da Câmara.dos Deputados

bique, lamentando-se, ao mesmo tempo, de nílo poder pagar a Portugal aquilo que paga à Inglaterra.

Este pequeno caso mostra bem o que tem sido o critério administrativo seguido nos últimos tempos. E necessário aumentar as receitas, e para isso é preciso, :an-tos de mais nada, dar satisfação às rccla-maç.Qes dos ferroviários, quebrando o Go-vôrno a sua iTredutibilidade, que tanto tem afectado a economia nacional.

Terminando, Sr. Presidente, declaro não votar o. crédito pedido pelo Sr. Ministro da Guerra, e mando para a Mesa •um requerimento a fim de que esta pró-, posta baixe às respectivas .comissões.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente:—Sr. Costa .Júnior: -não sei bem se posso pôr â votação .da Gamara o requerimento de V. Ex.a, .visto .ter sido aprovada a urgência e dispensa do .Regimento para'a proposta de lei-em discussão.

O Sr. Brito Camacho (sobre o modo de i:otar):—Pedi .a palavra simplesmente para dizer que o requerimento do Sr. Costa Júnior .está perfeitamente dentro do Regimento.

A Câmara aprovou a .urgência e .dispensa do Regimento para que essa proposta de lei entrasse .em .discussão, e foi por efeito dessa discussão .que S. Ex.a reconheceu a . necessidade ,da proposta baixar às comissões. V. Ex.a fará, poiôm, o que entender.

O Sr; .Presidente:—Vou pôr .á votação o requerimento do Sr. Costa Jánior,, Posto à votação, foi -nejeitada.

O Sr. cCosta Júnior: — Requeira .a contraprova e invoco o § 2.° ,.do .artigo 116.° .fez-se a contraprova. /

CT, Sr. .Presidente: —Justão de pé .50 Srs. Deputados e sentados 7. Não M,número.

Vai fazer-,se,a.chamada.

fez-se a chamada.

Responderam à chamada .os seguintes 'Srs. Deputados: