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Sessão de 21 de Outubro de 19W

-confiança me disse que ficasse e eu fi- f quei».

Com a consideração e'o respeito qne tenho por S. Ex.a o Sr. Presidente do Ministério que são muitos, porque cia é um velho e auduz republicano, eu devo dizer-lhe que ter o Governo o apoio das duas casas do Parlamento, não é tudo. .

Contasse, embora, o G-ovêrno eom a unanimidade de votos do Congresso, contasse, embora, o Governo com o's aplausos da multidão, isso não seria o bastante para se manter nas cadeiras do Po der, porque em sua própria consciência o Sr. Presidente do Ministério deve reconhecer -que o Governo não está constituído de maneira -a poder enfrentar a situação em que o país se debate.

'Sr. Presidente do Ministério! Parece que o Governo se esquece do que, .estando há perto de três meses à frente dos negócios públicos, a sua acção, especialmente pelo Ministério da Agricultura, só 'tem contribuído para se ter agravado, duma maneira pavorosa, o custo da vida, a ponto de já ninguém poder -viver no país.

Pregunto eu: & A -caminharem as cousas como até hoje, aonde espera o Governo levar o ;pov£) -português ?

g Paxá ondequere •© Governo atirar a •-sociedade portuguesa?

,j Espera ® Sr. Presidente do Mínisté-rio, com o apoio que continua a ter, mas com a falta de força que «m si próprio já deve ter reconhecido, que o povo civil e múMíar, cheio dse feme, grite:

Temos os nossos fil-hos a morrer de fonte e arf>anas temos ago-ra forca -para chamar à responsabilidade os causadores de tain tremendas .dificuldades?!

Não bastam ••&&$ G-Overaos os aplausos •do Congresso d'a Bepública. É preeiso ;&o& Governos saberem BO tom em si pTó-prios a força necessária para se manterem no Pader, as^umiado as graves dificuldades da hora que se atravessa.

Sr. Presidente: O Gfoverno não está à altura éo momento, por incompetêacia própria ou porque Mo tem cooperadores •em condições de bem o auxiliarem, e assim Tai-so agravando hora a hora a situação do País.

Sr. Presidente: eemo já solicitara na sessão anterior, na de hojo pedi a palavra para um negócio urgento. Era para cllxor ao SP. Jàliaisírô «kic Colónias ne

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chegou ontem a esta casa do Parlamento um telegrama vindo de S. Tomé, e que hoje vem publicado nos jornais, no qual vem a notícia de que naquela ilha se morre de fome e que a autoridade local não tendo pão para dar ao povo, manda prender os famintos e espanua-los a cavalo marinho o a paíma-toadas.

Tanfbôni ainda não há oito dtas qtie em Angra o povo se revoltou em virtude da -íorne qne vem sofrendo, sendo a força impotente para o deter.

É perante estes espectáculos perigosos p-ara a sociedade e pcirá a Hepúbiica que o Sr. Ministro se mantêm iro Governo, quando deu provas de não ter força pára arcar com a situação.

ST. Presidente: en estava ' de qiie o Sr. Presidente dí> Ministério fazia recomposição.

O ST. iPTesiteie: — Peço a V. E*.d qce se restrinja ao assunto em discussão que é a apresentação do Sr. Ministro da Instrução Pública feita p-elo Si1. Presidetite do Ministério.

G ©rador: -—Tendo-m-e dirigido a T. Es.a é tendo feito as apreciações* que entendi dever manifestar perante o -ehefe dó Governo, com aquela-'Correcção com que eu sempre procedo qua-ado me dii-ijo a pessoas qae merecem o meu respeito, julgo-me dentro da ordem e dentro dov RegimôBto de^ta casa e dentro das b'oas noriBias da c^ilidade.

Sr. Presidente': eu estava convencido de qoie o chefe do GovGrno não reeom-punha o S&VL Gabinete sem estar resolvido o proMenra qne S. Ex.a tíhama de ordem pública.

Eu chamar-lhe-hei a questão das gre\7es, pois a ordem ainda não foi alterada.

Nãd compreendo como se possa governar sem o apoio das maiorias.

O Governo recompôs-áe e apresentou a esta Câmara o novo titular da- pasta da Instrução Pública,