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Diário da Câmara dos Deputados

imentos sejam publicados no Diário do j tes se não pagarmos à Manutenção Militar, etc.

Ora, nestas condições, o Ministro das Finanças não hesita em molhar a pena no tinteiro para conceder estes subsídios.

•Governo com a maior urgência.

Orador: — Eu posso afirmar a V. Ex.a para fazer justiça a todos que sou alheio a esses processos nem conheço caciques neste lugar.

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ftfí O Sr. António Maria da Silva (interrompendo)-.— Se V. Ex.a vir os meus despachos, poderá ver que nunca dei dinheiro para obras em semelhantes condições.

Posso, porém, dizer que foram dadas •verbas a.certas terras, que nem as tinham requisitado.

O Orador: — Eu posso afirmar a V. Ex.A que foi apresentada uma lista, ao Ministro, de casas de beneficência e hospitais, • em que se diz: nós não temos lençóis, ..amanhã não podemos sustentar os docn-

O Orador:—Estes números são forne-,cidos pelas respectivas contabilidades.

'Eu chamo a atenção da Câmara para o 'lacto de o Governo só estar habilitado a cobrar e a pagar as despesas públicas ; ~aíé 31 de Outubro. !

Êstq trabalho deve ir à comissão de rfinanças para apreciar a fixação dos duodécimos o não há muito tempo para que seja votada a necessária determinação. ( \

Só a Câmara entender que deve ser o assunto apreciado desse modo, procede assim, se entender que deve ser de outro modo isso á com a Câmara e não comigo. O

O que se virá a cobrar anda por 80:000 contos e o que se virá a gastar anda por 1-85:000 contos.

Muito embora eu mantenha os cortes feitos não posso deixar de fazer estas referências.

O Sr. António Fonseca (interrompendo)'.— Se V. Ex.a mantiver os cortes referidos, faz V= Ex,a mnito bem.

Tem sido um dar de dinheiro à larga por todo o país, a pretexto das crises operárias.

Jsso tem representado um princípio de suborno em tempo de eleições para alcançar^ votos.

Apartes.

O Sr. António Maria da Silva .(interrompendo) : —As juntas de paróquia também têm hospitais a sustentar.. .

O Orador:—V. Ex.a pode citar um facto ou outro isolado, mas eu refiro-me às cifras grandes.

Ora, eu tenho de inxjluir também as verbas já votadas nas duas casas do Parlamento.

Nas despesas extraordinárias as cousas passam-se ainda pior.

Uma das cousas votadas na Conferência de Bruxelas- foi a necessidade de se equilibrar as despesas ordinárias com as receitas ordinárias, e foi com esse intuito que eu fiz essa separação.

Para cobrir as despesas ordinárias talvez se possam aplicar a faltas 3 4/a por cento ou talvez 4; quanto às despesas extraordinárias não há fornia a mão ser o empréstimo.

Tive agora ocasião de ver perto uma parte rica do nosso país, e verifiquei que não vou ferir fazendo qualquer cousa.

Eu vou interromper as minhas considerações, porque me sinto já fatigado. Mas quero desde já pedir à Câmara que não descure as propostas que estão feitas pelos Srs. António Fonseca e Pina Lopes e que todos aqueles que tenham uma certa competência especializada nestes assuntos que as estudem.

Terminarei amanhã as minhas considerações dando algumas indicações sobre o nosso comércio e sobre .a nossa economia.

Peço, por isso, para ficar com a palavra reservada, se tal o Regimento me permite ...

O Sr. António Fonseca: — Bom será que os elementos de que V. Ex.a dispõe nos sejam apresentados por forma a poderem elucidar-nos.