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Sessão de 25 de Outubro de J('2

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monto havemos de sentir um mal-estar grande, que provôm justamente dessa í alta de produção.

As cousas estão caras por duas razões: primeiro, porque nfio as há em quantidade suficiente; segundo, porque a depreciação da- nossa moeda ó muito grande. A segunda causa ó consequência da primeira e ambas só confundem.

Exposto o que eu fiz em Londres, que foi estudar os contratos de carvão e de trigo, eu penso que com isto o Tesouro português está defendido e acautelados os interesses do Estado, que ostão confiados a pessoas cuja honestidade e inteligência são ])roverb'almento reconhecidas.

Depois de estar em Londres, ou vim para Lisboa, o fazendo, com o Director Geral da Contabilidade, uma revisão dos orçamentos, constatei que a nossa situação é apavorante.

O lacto é que os Sr s-. António Fonseca o Pina Lopes fizeram no Orçamento proposto para o ano económico de 1920-1921 cortes que somaram 24:930 contos, cortes que infelizmente sou obrigado a declarar que me parecem ser insustentáveis, porquanto para quási todas as suas rubricas tom. os Ministros das respectivas pastas apresentado aqui pedidos do créditos especiais, declarando a impossibilidade do fazer a administração a seu cargo com as verbas, consignadas no Orçamento, quanto mais com essas verbas 'reduzidas.

O Sr, António Fonseca (interrompendo] :—V. Ex.a dá-me licença? Os orçamentos que rectifiquei quando ocupei a pasta das Finanças foram apenas os da Guerra, da Marinha e do Interior. Com respeito ao da Guerra, ó estranho que se peçam créditos especiais, porquanto todos os cortes foram feitos de acordo com o respectivo Ministro, que é hoje o mesmo do então.

No orçamento do Ministério do Interior as únicas cousas que se cortaram referiam-se exclusivamente a serviços que ainda não estavam montados, tendo os cortes sido feitos do acordo com o Ministra o, cm especial, eom o comando ge-r/il dr> guarda republicana e com o seu ehofe do es-tado maior.

Belativamente $0 Ministério da Marinha, as reducõoo nos- sous orçamentos; in-

cidiram também quási que unicamente sC» bre as despesas extraordinárias, sendo, portanto, impossível que, para as respectivas rubricas, se tenham podido créditos extraordinários.

Só regressamos a uma política do gastar à larga, está bem. Ôe, porém, naquela altura eram possíveis aquelas reduções, não o há-de ser agora? De resto, um dia virá em que isso se h á -do discutir.

O Orador: — Desejarei absolutamente que V. Ex.a continuo a frequentar esta Câmara, de que é ilustro ornamento, e que presto todos os seus conhecimentos, que são muitos, à discussão dos' orçamentos, tanto mais que faz parte da comissão de finanças, e, se o não fizesse, teria muito prazer cm pedir0 a sua eleição. . •

Estou certo de que tudo isto é assim, porque não há cousa alguma qne não es-toja espantosamente mais cara, mas que é preciso dalguma maneira fazer a compressão de despesas sei eu bem, e a esse respeito ninguém tenha dúvidas. Tomara eu encontrar na comissão muitas pessoas animadas do mesmo bom desejo de economizar que o Sr. António Fonsqca.

Um aparte do Sr. António Maria da Silva.

O Orador : —Eu bem sei que a lei me diz que quando as despesas não forem aprovadas <_ que='que' a='a' de='de' pagar.='pagar.' é='é' verba='verba' p='p' mesmo='mesmo' as='as' esta='esta' tenho='tenho' terei='terei' aplicado.='aplicado.' não='não' doutrina='doutrina' houver='houver'>

Estabelece-se discussão entre o orador e os Srs, António Maria da tíiiva e António Fonseca.

O Sr. António Fonseca (aparte)-- — Para completa elucidação do assunto, seria útil que os números que S, Ex,a enunciou. fossem acompanhados duma relação de todas as despesas feitas a mais depois da, apresentação do Orçamento.

Decerto que V. Ex.a há-do desejar que a Câmara seja esclarecida sobre todos esses aumentos de despesa.

0-Qrâdo*': — Bu tenho já ôsscs trabalhos completos.