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O' Governo não aceitará nenhuma oferta senão pelo preço do mercado mundial, e isso será fácil d© verificar pelos nossos agentes e principalmente pelo homem que está ora Londres que devo ser de toda a confiança do Governo.

Se fôssemos a. pensar de má fó não se faria contrato algum.

O Sr. CsraJha Liai: —<_ p='p' e='e' poderá='poderá' qualquer='qualquer' não='não' fórmula='fórmula' haver='haver' outra='outra' _='_'>

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O Orador:—O que posso dizer a V. Ex.a é que aqui se aponta mna garantia, e creio que naturalmente bancária. j

V. Ex,a compreende, são detalhes que j 'correm por outros pontos e que a mini, no moniento presente, não me é fácil dizer.

O Sr. João Gonçalves: — ^E o GrOvôrno procura épuca própria para fazer a compra do trigo?

O 0i ad or: — Nilo perm ito m ai s interrupções.

Quem conhecer as finanças portuguesas sabe6 muito bem que o Estado Português nem sempre p^ode comprar.

Eu bom sei, como todos sabem, qne em - Março se compra mais barato, o se nós pudéssemos invernar até Março, 'então eu diria que comprávamos em Março- | (Apoiados).

Não posso admitir que venham dizer nesta casa, com ares dogmáticos, que o Governo deve comprar nesta ou naquela j ocasião.

Não se pode comprar sem haver dinheiro. (Apoiados). j

E cerio que uma ou outra vez em contratos onde não era nece&sário pôr dinheiro, poderia ter havido' qualquer lapso o.u descuido, que eu não acuso-como crime, mas como desleixo. E porque não, sou de arcas encoiradas, digo já do que se traía: em relação ao açúcar poderia ter havido mais' cuidado, visto que a economia i-acional sofreu um pouco, o qáe -aliás foi logo remediado.

É inútil, dizer- se- que se vão fazer milagres, quando nós. sabemos muito hem que não se podem fazer os( actos, comezinho s-,, do pão nosso de cada- dia. (Apoiados).

E a não diga isto propriamente contra o Sr. Joílo Gonçalves, que ó um veUao,

Diário da Câra&ra cks Deputados-

amigo naeu, mas. quis aproveitar o ensejo» para romper fogo-...

O Sr. Joãa Gonçalves: — Coui a minha interrupção, apenas quis concluir que nó& devemos comprar trigo na ocasião própria desde que tenhamos dinheiro para isso.

O Orador:—É facto, mas nós infelizmente não podemos dispor de dinheira dum momento para o outro. E se o trigo vai estar mais barato, melhor, porque o-comprarei mais barato. Se o tivesse comprado há uns tempos atrás, é que o terra comprado mais caro.

-Saiba V. Ex.a que se as circunstancias me indicarem, que chegado a Março devo comprar um stock razoável, este cuL-trato-permite-me fazer isso/

Este contrato tem um limite que ó de 200:000 toneladas, e eu já sei que não' é preciso tanto trigo até Março para o consumo do país, e desse modo eu, chegada essa ocasião, poderei comprar uma grande porção.

Desculpeai V. Ex.as o tom de voz que' tomoi pura disser que era inútil osínrmos cora palavras ocas, mas o caso é este: a nossa má situação financeira é que faz com que nós nos administremos m ai.

A seguir ao ano de 1913, que ioi dos-melhores, tivemos a má sorte da guerra, qne nos veio pôr na miséria em que hoje estamos, miséria que já vou expor, lendo alguns números terríveis, para qua chamo a atenção da Câmara.

Nós não somos insusceptíveis de nos sabermos governar. 'Não somos. K alguns de EÓS mesmos que estamos aqui, porque temos responsabilidades no passado, podemos dizer, não por vaidade, que nos sentimos capazes de fazar ordem nos serviços públicos. (Apoiados), Nós encontra- ' mós as finanças avariadas em 1910, com um déficit que se repetia constantcmente, e nós conseguimos efectivamente que ele-desaparecesse e que houvesse até um ano em que surgiu, um pequeno superavit.

O nosso mal ^ a falta*.de produção. O buraco é enorme e ainda não está tapado.

Basta ver a pradução da Eússia em 1913.