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Sessão de 4 cie Novembro de 1920

ofereceu trigo que já tinha chegado ou devia estar já demandando a barra; e, porque o trigo estava assim quási à descarga, oíèrecia-o por uni preço elevado. A comissão encarregada de estudar as propostas dessa firma, que eram duas, foi de opinião de que deviam ser aceitas,.não por o concorrente oferecer trigo mais barato, mas porque o oferecia a chegar primeiro do que qualquer outro. Foram, pois, aceitas as dnas propostas e não aiii-da umas outras, porque a comissão já estava informada de que não seria possível abrir créditos para, a totalidade, e passados dois ou três dias. já depois de abertos os créditos necessários, a firima em questão vem dizer qne a cas-a de Londres tinha já tomado as suas resoluções, que o trigo oferecido n?U> viaha/r mas que estar vam carregando um otitro^ pedindo por fim. paca 6á&« mais um. crédito súplenxen-jaentar de 65:000 libras — ftudo isto com a maior simplicidade!

Uma voz : —Mas isso é uma burla.

O Orador: — Isto são cousas que se tem passado com todos os Governos e que me sucedem como tê'rn sucedido a outros Ministros das Finanças.

O Sr. António Fòiiffèea : —A mim himca 'me sucederam.

O Orador:—Pois é caso para felicitar V. Ex.a

j? Quem é que se iiâo lembra — eu1 não queria falar mestas edttsas, msi&t (*mfhn, lá vai — de urna célebre contrato para o fornecimento de trigo largamente pago em escudos?

£ Qaem é que se não iembra d®um cré* dito de 20:000 contos qvre esteve -irar m-ês à espera do Homem que devia, fazer o fornecimento e que por fim desapareceu em Marsolba?

Isto são cousas'do que Q.&O está livre qualquer ao nós quando tenha necessidade de alimentar a população e não-tenha trigo.

As propostas a que me referi foram uma burla, mas, se amanhã a Direcção Geral da Agricultura disser qne êsso trigo é ô primeiro a chegar., nó& compramo-lo, apesar ào> t&doo

Este, situarão é deísstávol, ta;

de vista a respeito da alimentação pública. Disse que desejaria muito que, definitivamente, a aquisição dos trigos fosso foita peia moagem, e que o Estado com esta se entendesse sobre o preço do pão e que a Manutenção Militar fosse colocada em situação de eni dado momento nos permitir ditar a lei.

Tanto tenho tido sempre esta idea no meu espírito que promovi o alcancei aqui a maneira, de isoaitar a manutenção do exército, na importância de cerca de GO contos, de umas máquinas que tinha ua alfândega e de que necessitava, não e&-tasado, porém, habilitado com os fcmdos pTeeisos para esses direitos.

Antes de ter feito estas 'afirmações no-•Conselho de Ministros, consultei-os directores- do Ranço de Por-tugal, porque, cOtoo governador do Banco, tendo tratado dês<_-tes assuntos='assuntos' _='_'> recebido instiiições de Ministros, acerca destas questões. Não era de admirar que tetítíusse esta-betecer doutrina, para facilitar ao Estado a saída de uma- má situação, qtial a de se abrir concurso a que num dado instante podem concorrer todas ns pessoas que se lembrem de 'pedir preços para Londres, fazendo-subir o preço dos trigos.

Assim, teirdo o Estado de abrir crédito adeantadamctite para 5:000 ou 6:000 toneladas, pediam-se para Londres 80:000 Ou 100:000 toneladas.

Por isso na Bolsa de Londres apareciam cotações artificiais do trigo, o que era mau para toda a gente.

A idea dos bilhetes de Tesouro veio-me-de uma conversa havida com o Sr. Guedes da Companhia de Portugal e Colónias, o qual já tinha falado no assunto coin umas casas bancárias. Verifiquei que ôle não teria duvida em aceitar esse negócio,' mas precisava de estar^ absolutamente seguro, de que o Estado queria entregar o ouro- vindo do Brasil.

Devo observar que a Companhia Portugal e Colónias é uma empresa muito-bem organizada, com maquinismos dos melhores 0 uma situação de valor e cró-dito lá fora.

Disse-ine o 'director qne aSo eoiaeçar já a aprovcitar-se desse porque não era tempo.