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ferreira sobre a nomeação feita das autoridades administrativas do distrito de Aveiro, sendo a reclamação de S. Ex.a a única desta natureza que até este momento chegou ao conhecimento do Governo.

O Governo -é um Governo republicano •queré viver com a opinião republicana e precisa do apoio de todos o s republicanos,, :Se porventura as . considerações do Sr. •Costa Ferreira correspondem à realkla-•de, estou cer.to, porque conheço a .autoridade que está à frente do distrito, porque é tam republicano coino qualquer de nós, porque nunca se eximiu ao cumprimento do seu dever como republicano o •como cidadão, tendo dado som p ré à Fá-tria e à República a sua dedicação e o seu sacrifício, tendo estado na Flandres., onde combateu contra os alemães, estou •certo, dizia, de que sem nomeado outro .administrador de sentimentos bem republicanos.

O Sr. .Costa YeTTeira (interrompendo}:— Como o Governador Civil não pertence ao distrito, devia consultar os republi-.carios daquele concelho.

O .Orador : — Quanto à observação do V. Ex-a de quo o Governo tinha oticial-mente de 'consultar quaisquer republicanos,- eu devo dizer que este ou qualquer outro GovOrno não se julga na obrigação disso. Mas, o Governo tem sempre conveniência em conhecer os sentimentos da opinião republicana, ,e quando digo -opinião republicana, compreendo todos os partidos da Ke.pub.lica, e neste ponto é qae estamos de acordo.

Estou, porem, convencido de que -as considerações feitas pelo ilustra Deputado serão em .breve trocada* pelo reconhecimento perfeito « completo de que o Go-v-êpno quere viver sempre com >a opinião republicana.

Tenho dito.

O orador

O Sr. Nóbrega Quintal: — Sr. Presi-

-dente: desejo em muito >poucas palavras preguntar ao Sr. Presidente do Ministério o seguinte :

tlltiniaaientojiOíS jornais ?fcêui aparecido notícias de que ,a polícia tom prendido vários indivíduos por fazerem psopa-

Diàrio da Câmara doe Deputados

gaada monárquica. Nestas condições, eu

r desejo preguntar ao Sr. Presidente do

Ministério se considera a República fora

de todos os perigos, o,u se a considera

, ameaçada por uma nova revolução.

Por outras palavras, se S. Éx.a mantêm ainda o mesmo critério que tinha há dias quando apresentou a proposta da amnistia. Se o mantêm, eu devo dizer que o acho simplesmente extraordinário, porque ele de forma alguma se coaduna com as prisões que a polícia de Segurança do Estado tem efectuado nestes últimos dias.

Tenho djto,

O orador não revhi-.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo):— Simplieis^imaniento responderei ao Sr. Nóbrega Quintal.

Algumas das prisões feitas pela polícia da Segurança do Estado, embora obedecendo ao desejo de defender a República, sào ilegais; pelo que o Governo interveio para que a lei não seja oieudida, sem que •dessa ofensa resulte qualquer espécie de desprestígio para a íiepúbJica. Ein segundo lugur tenho eGuheciiâviitu de que foram f pitus dez prisões de indivíduos conhecidos como integralistas, cinco dos qiiuis s.ob a acusação de terem dado vivas ao rei, durante a estada .de .Suas Majesíades os Beis da Bélgica.

Esses indivíduos foram mandados soltar, tendo sido enviado para o tribunal competeate a respectiva participação.

Há efectivamente cinco intrgraJistas presos sob a acusação de pertencerem a uni cowplot .contra a República, nias devo dizer que o Governo polo conhecimento que tem da natureza desse c-owptot e das pessoas que áêle fazem parte .está scgu.ro de que não há nem pude haver perigo algum para a .estabilidade da Re-páblica. Os indivíduos presos não têm nenhuma espécie de acção que traga ao Governo .uni minuto sequer ide preocupação.

Mas e3sa acção da policia é sem importância porque o caso não a tem.