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Sessão de 8 de Novembro de 1920

homem muito inteligente, quê o ó, homem ; muito ilustrado, que também o é, tom a : sua consciência bastante segura de que respondeu chíríímenté à prcguhta que for- i iriuléí? '

O tírâdòr:—V. Ex.!; vai ouvir a resposta às suas palavras"; Quer o Sr. Júlio' Martins, qáci- V. Ex.a, pediram ao' Si*. , Vaz Guedes que dissesko absolutamente j tudo quanto conhecia como ménlbro da : comissão de inquérito, oil então a mernó- : ria ou o ouvido me atraiçoaram, j

O Si-: Manuel José da SilvU (Oliveira do I

\ Azeméis) r — Creio que as diias cóilsaá.

O Orador':—Então peço a V. Ex:a qu'ô ! esclareça o nieu1 equívoco. '.

O Sr. Manuel José dá Silva (Oliveira d'e ; Azeméis): —O Sr. Júlio; Martins e o Sr. Manuel José da Silva não poderiam in'ci- • tar ó Sr. Queiroz Vaz Guedes à qu£e dis-, >!esse tutío sem que primeiro S. Ex.a j principlassò á dizer alguma cousa'. !

O que eu pedi a V. Ex.!l foi que dia- j sessé qual o Depiltado o\V Deputados" que j insistiram junto do Si*; Vaz Guedes nó'} sentido de fazer à declaração que fez, de j que algum ou alguns D'é|>ú'taldòs estavam | eoni^prónVétidos na qiVestâ'0 dos abasteci- | mentos, j

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O Orador: — V. Ex.a já disse que eu , estava equivocado, ò n&o quero persistir j rio erro. MaS1, seja como for, o Sr. Vaz i Guedes, era mou entender — d:igo-o sob á j mi Mia'exclusiva réáponsabilfdáde— não1 ílíííía obrigarão alguma- de informar qtíal-quoT' Dòputíídó' quo sé 'dissesse 'ctètár i'n-culpaâo. ÍE>ò o ;'fez, repito", foi iWqíve exs- í ráva èótive^ncído da honorabilidade dês1- j síis pessoas, e, d'e contrário, não se com- ! preendoriá o seu 'gdsto. ' '

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O Sr. Manuel JoSè dá Siiva (Oliveira j de Azeméis):—,;.V. Ex.a sabe se o Sr. Vaz Guedes, informou apenas os indivíduos incriminados ou mais alguns?

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O. Orador:—Assim, dialogandos não | chegaremos a apurar cousa nenhuma, e, i demais, ó desnecessário V. Exa fazer i prcguntas a que antecipadamente sabe j qae não poderei responder. i

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Já ouvi dizer por mdis de uma vez, não só a© Sr. Vaz Guedes, mas também ao Sr. Júlio Martins, que não só foi convidado o Sr. Júlio Martins comb igualmente o Sr. Cunha Liai. A referência deste facto tem sido foita, como digo, mais de uma vez, e desnecessário é repeti-la. O que V. Ex.;t, Sr. Presidente, e todos os Srs. Deputados podem ver no acto do Sr. Vaz Guedes é uma grande lialdado da parte d'é S. Ex.a eth relação às pessoas citadas, porqub riadu mo pode convencer de.que o Sr. Vaz Gucdos fosso tam pouco inteligente —- menos do que méfliócrenlento inteligente— tam pbtic'o criterioso, que fosse entregar a criaturas qu'e estivessem incriminadas uma arma dfêssa natureza.

Analisemos com todo ó cuidado' esta quentão', lião percanió:? á cabeça.

Náô podemos voltar a arma contra o Sr: Vaz Guedes, não pó1 demos nunca reconhecei* o Sr. Vaz Guedes como réu.

Já vi mais de Uma vez, e com desgosto, malsinai4 os actos d'ós parlamentares que compõem a comissão dê inquérito1.

.Os homens públicos estão, neste país, facilmente sujeitos a torpes in'siniiaç'ões, também a mim. a quando da qiiestãó d& Eódãó, m'é quiseram anavalhar jja reputação, m'as nlo anavalha qtiem qtiere. O tèm|po porém foi o melhôl- cicatrizaste; é fól ò melhiòr juiz é è\i nÃ'ò' fi^eiefllaimíèá-do, mas ficaram bíib\ij'áclos os homens q;úe íne '^isèram ferir.

O projecto do Sr. Ferreira da Kocliá não foi afn'd'à àpreciíiôVpòla Câmara, mas eu entendo quo n^ãó deve ser aprovado»

Ê uni erro 'nós irm'ôs julgar membros do Parlamento, emquanto quê outras pessoas, acusadas dos mesmos delitos, seriam julgadas por tribunais comuns, só por não ferem assento rio Parlamento.

É urna qitostitò de oítfòm moral quo aqui se debate, e na qual o Parlamento não pode ser juiz, pôr isso qilè os poíí-1 ticos àpíaixònain-sé e 'hão podem cabalmente desempenhar-se dessa nobre, inas dura missão de julgar.

Deixem-me mesmo dizor-lhes, com toda a franqueza, que nem mesmo concordo com o facto do o Parlamento ser tribunal de investigação, porque mais tarde ou mais cedo haviam do dar-se inconfidências.