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gero de tpdas as fqnções biológicas é outra fatalidade que, quando aparece, é prejudicial para a própria função e para a£ íOiifra^ que pom ela se correlacionam.

Assim, eu sou partidário da proprieda-dp, e ao meu espirito não repugna admitir a existência dessa instituição. Mas também sou partidário da intervenção do E.sjt,ado na maneira como se utijiza a propriedade ru.ral, e essa intervenção já se fez em relação & habitação, e, até eerto ppnto, dumaniau$ira qup representa ignorância do b.om fvejitido em que deveria ter--se feito.

O Sr. Afonso 4e Bíelo (aparte); — Dá lugar-a injustiças.

O Oraçíor: — Sem .dúvida que dá lugar a injustiças, porque emquanto o senjborjo de determinado prédio não &uferq dele sçnão o rendimento marc.ado expressamente tia lei, o intermediário çoin pre-ju zo do senhorio e do inquilino, realiza cimtenas de xiputps com a transmissão da mesma propriedade.

Estabelece-se discussão entrç o orador, o Sr. Augusto Dias da Silva o ozitros Srs. Deputados.

O Orador:-r-O Sr. Augusto Dias da Silva propõe-me, uni problema, não, decerto, com o intuito de me embaraçar, mas evidentemente com o de esclarecer. Ppderia o»u taugen.ciar a resposta, retor-quindo a S. Ex.a que a operação de cor-r tA?r o metal, que, de mais a mais, é uma oppração físieu., pplos Estudos dum inie-ressantíssirao sábio americaup já, falecido, Sr. Taylor, é, nadamais, nada menos, do que função de doses variáveis.

O Sr. Augusto Dias da Silva pode agora seguramente med-ir a dificuldade do problema proposto, dado que os fenómenos sociais são incalculávelmente mais complexos do que os físicos. Afrontarei, porém, as dificuldades, analisando a afir-ma;tiva de -S. Ex.a, pegundo ft qual, -se se fizer a abolição do direito de propriedade, imediatamente se modificariam vanta-jo_s4m6nte as coíidiçOeç de existência da gpand© maiorift.

E não temo a.frQntar essap difi,cu].dAde.s, rque j ú respondi a. S, Ex.a, q,uando iiti q/ minha opinião de que a proprie--

Diário da Cfcmara dos

dade é a maneira material de querer viver. Se o indivíduo -não pode sempre realizar a sua maneira espiritual, consegue facilmente re.alizar a material, e, por consequência, querer ejimíná-la é desconhecer a própria natureza humana.

V. Êx.a vem-me dizer, pois, que parte do princípio da abolição duma cousa que eu considero atribuição fundamental da própria natureza humana, e, por isso mês--•mo, . inamovível. Querer o contrário ó .acreditar nujn princípio, numa fórmula vás ia de conteúdo scieníífico, ignorante das realidades inevitáveis.

E o 6rro é exactamente ôsse: é formarem-se itleas simplistas, é imaginar se qu0 a sociedade é o resjjlíado do jogo de mpia dúzift de princípios cegos, substituíveis por outras não menos cegos do que elos.

Eu não sou — sinceramente o afirmo—um espírito retrógrado, ou fechado às inai-s altas e justas aspirações da humanidade. Forni o cpnscientemente na extrema esquerda da República, porque sou partidário duma concepção política que dentro da filosofia; política é defendida pela escola rudical-democrática que tem a SUQ, definição e a sua razão de ser; não sou, por i»hõ, uin homem que tenha o ódio dag grandes transformações progressivas, mas íenho simplesmente o horror das velhas ,e das novup fórmulas, daquelas que vasa-idas na utopia ignoram a realidade, isto é? o único factor capaz ,de permitir uma po^ ]ítjc(a rasgadamente .experimental que impeça a sociedade de se lançar em busca ide realizaçõaí? que são contra a própria natureza- humana e que, por isso mesmo» não podem gerar senão desgraças, misérias e sofrimen.tos.

£aa, pais, contra todos os forrnulisinos». quer os de Carlos Marx, quer os da escola ultra-conservadora.; contra ales se-revolta a minha consciência porque os nfio>-considera adaptáveis à realida'de, capazea de facilitar e melhorar a vida.

(j Porque ,sou radicaj-domócrata? Sou