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se, e então se saberá, ern todos os campos, quem se deixou guiar pelas ideas ou pelo interesse. (Apoiados).

Nesse dia ó que a todos se fará justiça.

Já pertenci a quatro Ministérios e nào conto o quinto porque nina manifestarão de bons republicanos entendeu pôr bem desalojar-nos da Junta do Crédito Público. . .

Sussurro.

O Orador : — Mas, Sr. Presidente, quem já fez parte de quatro Ministérios já sabe também o que ó a escudela estendida e a isenção do político que pede cousas. Quando não é atendido, surge logo a afirmação de que o Governo é contrário aos interesses da Nação; se o servem, não será um soldado da legião que defende o Governo, mas, pelo menos, é uma das boas criaturas que, consultadas, sempre dizem: «O Governo não é de satisfazer, mas, em todo o caso, não é dos piores. . .». E ó, também, porque tenho esta prática, porque conheço os homens como os meus dedos, quando ouço os rouxinóis políticos pregando ó elixir do ressurgimento das finanças; da agricultura e/ até da marinha, cujo Ministro nos promete agora que vai assediar os fogueiros dos cruzadores adquiridos em Inglaterra, para apressar a sua marcha para Lisboa, quási me suponho em fronte do uma gaiola de canários. ..

Sr. Presidente: devo fazer uma declaração para se não estabelecer unia polémica escusada, atribuindo-me qualidades que neste momento não utilizo. Sou, é certo, sub-leader do Partido Liberal; ausentei-me das Câmaras durante algum tempo, passando umas horas numa distracção lícita como seja enifim. uma vida de campo, de oito dias, que me reconfortou, que rno fez muito bem. Voltando aos trabalhos parlamentares estou a analisar a constituição do actual Governo, não faiando em nome do meu Partido, mas, em meu nome pessoa], e como estou falando simplesmente em meu nome pessoal, farei referência s aos acontecimentos e factos, apreciando à luz da minha modesta inteligência e segundo o meu critério aquilo que anda neste momento no pensamento de todos que é a constituição daquele Govôrno, nas suas causas e efeitos.

Diário da Câmara dos Deputado»

• Não podia deixar de pedir a palavra porque nesta Câmara ninguém pode b( r insensível, indiferente, a um fenómeno desta natureza.

Vejo-os ali casadiuhos como pombos e poderia até com um dedo apontar o azeile, o vinagre, o vinagre, o azeite até completar o galheteiro, mas, não o faço; apenas lamento, e lamento então como português, como disso há pouco, antes mesmo de republicano, que esta aventura não pode durar, e não podo durar em virtude das afirmações feitas por aqueles homens fora o dentro do Parlamento.

Eu compreendia que o Sr. Álvaro de Castro, Presidente do Ministério integrado no pensamento do Sr. Dr. Júlio Martins, fizesse um acto de contrição, pusesse de parte o seu programa e então extremista puro, franco, declarado, tentasse uma experiência no nosso País e o Sr. Júlio Martins, que nada queria com as forças vivas no seu programa já qucre tudo, i e já quere tudo com esta cousa mirabo-. : lante, fantástica, duma série de rae"didas , financeiras que são certamente o pasmo de todos esses homens que lá fora, tais como ííitti, Lloyd George, ele., andam às arauhub para. arranjar dinheiro? nlmima cousa para o erário público.

^O que vemos no programa do Sr. Ministro das Finanças?

Reconhece a necessidade de medidas do alto alcanço financeiro, " apresenta aqui umas cousas sediças, sabidas por toda a-gente que lê um jornal, isto é, nenhuma outra cousa que não tenha sido já esboçada por outros Ministros a quem S. Ex.a vibrou duros golpes proclamando-se redentor, uma inteligência lúcida, uma alta competência. Reconhece-se, porém, a breve trecho, entrando no programa do Ministério das Finanças, que aquilo que S. Ex.a advogava não ó para o seu País.

Mas quem tiver a mais elementar e reduzida noção das suas rcsponsabilidades, ao ocupar aquelas cadeiras de D. JoSo V e que já foram ocupadas por Afonso Costa o outros, limita-se a assinar bilhetes do Tesouro em trabalhos dcjongletir, afim de evitar o rombo da nau do Estado.

. Todos nós sabemos que é preciso aumentar as receitas, mas o que é necessário é o modvs faciendi.