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Se*»&o de 24 e 25 dt Novembro tle 1920

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palavras e não dizer uma sequer que per- ] mitose dar vulto a essas suspeitas.

Sr. Presidente: já que o meu Partido colocou esta questão no terreno meramente administrativo, direi a V. Ex.a que não votarei a proposta, e não a votarei j individualmente porque nunca mais abdi- j carei como membro do Poder Legislativo ' nas mãos do Executivo que nem sempre tem sabido utilizar como deve as autorizações que lho confiámos.

Tenciono apresentar uma emenda ao artigo 2.° da proposta; vou manda-la imediatamente para a Mesa apesar de se estar discutindo na generalidade para que o Sr. Ministro das Finanças dela tome conhecimento e possa apreciar esta proposta, que oportunanientejustificarei para não inverter o debate. Ê uma proposta de aditamento ao artigo 2.° e rés ume-se nas seguintes palavras:

Proposta de aditamento

Proponho que no artigo 2.° se acrescentem as palavras «e as cooperativas de consumo, fazendo-se essa protecção por intermédio da Caixa Geral de Depósitos».

Lisboa, 24 de Novembro de 1920.— O Deputado, João Camoesas.

O Orador: — Extranho que o Sr. Cunha Liai ao estabelecer aqui uma possibilidade de protecção ao comércio, à indústria e à agricultura, tivesse esquecido as cooperativas de consumo. j

O Sr. Ministro das Finanças (Cunha Liai):—Na designação genérica de comércio ou incluo lambem as cooperativas de consumo, mas, se S. Ex.a quore que isso fique mais claro, nenhuma objecção farei.

O Orador: —Agradeço a explicação de V. Ex.a

Um aparte do Sr. João Luís Ricardo.

O Orador:—Sr. Presidente: pouco mais tenho a acrescentar. Disse o Sr. Deputado— perdão — disse o Sr. Ministro Cunha Liai quo não quoria irritar o debate e não serei eu, que demais a mais enfileiro entre os que entendam que o Sr. Deputado Cunha Liai, aliás o Sr. Ministro das Finanças Cnnha Liai num país

como o nosso é um valor a não desperdiçar e um valor a não prejudicar, não serei eu, também, quem vá pôr no debate palavras irritantes, como bem avaliarão os que conhecem a minha técnica parlamentar.

Permita-me, todavia, S. Ex.* que eu, com a sinceridade que sempre ponho nas minhas palavras que, mesmo quando são enérgicas, nunca deixam de ser correctas e que eu procuro sempre moldar à função em que estou invertido, diga claramente que, até por amor à eficiência do seu esforço, é bastante lamentável que tenha entrado para este Ministério onde não encontro pessoas capazes para coincidirem com S. Ex.a no seu alto critério de administração e de acordo com as necessidades instantes da hora que o País atravessa.

De resto, Sr. Presidente, as palavras do Sr. Ministro Cunha Liai em relação aos trabalhos financeiros que já tinha feito antes de ser ministro, autorizam-nos a supor que, se S. Ex.a sair do Ministério das Finanças, esses trabalhos não serão perdidos, pois que não sairá da sua cadeira de deputado.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Interrompo a sessão durante hora e meia.

Eram 19 horas e 66 minutos.

SEGUNDA PARTE

O Sr. Presidente: — Está reaberta a sessão.

Eram 22 horas.

Leu-se e foi admitida a moção do Sr. João Camoesas.