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Diário tia Câmara doe Deputados

fos desse aumento sobre os preços e sobre .os câmbios, facilmente se calculam, aplicando as doutrinas a que já me referi.

Por agora limito-me a dizer à Câmara que, se nós ficássemos com os 500 mil contos de circulação fiduciária, o limite sufíerior assiiiáyel à libra ouro seria de 125$ nestes meses mais chegados; elevando a circulação a 700 mil contos, esse limite subiria a 175$.

Kepare V. Ex.a, Sr. Presidente, quo este valor de 175$ é um limite superior. Quando falamos neste número, não queremos dizer que a libra o atinja, mas apenas qiift dele s6 pode avizinhar. O que, porém, se pode afirmar com a máxima certeza é que este aumento de circulação fiduciária irá reforçar intensamente as causas já existentes da carestia da vida e agravamento de Cclmbios. £ Nestas condições, a que extremos de miséria atirará a política financeira do Governo com o f- jnalismo público?

_,A que novas expoliações vai o Go-jrno sujeitar os prestamistas do Estado?

^Não vê o Governo que desvalorizar os salários é roubar o pão de cada dia às classes assalariadas?

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Diz o Sr. Ministro das Finanças que o aumento da circulação fiduciária lhe é imposto pelas necessidades do Tesouro.

Creio bem que o Sr. "Ministro das Finanças se veja neste momento metido nas pontas do dilema : ou bancarota, ou aumento da circulação fiduciária.

Se o problema admitisse outra solução, por certo lha daria a alta inteligência e máscula energia do Sr. Ministro das Fi-; nanças, a quem me ligam velhos laços de amizade, criados à sombra da liai camarada gem em que vivemos na Escola do 'Exército.

Mas neste momento e com a urgência que as circunstâncias impõem, há que optar por um dos dois males e o Sr. Ministro das Fimmças escolheu, realmente, o menor. Mas não o fez de modo a tor-.nar mínimo esse mal menor, porque um alargamento de 200 mil contos na circulação fiduciária ó muito inuis do que

aquilo, que ó estritamente pedido pelas circunstâncias de momento. A este mínimo indispensável, Sr. Presidente, não recusarei o meu voto; mas tudo que for além dele, será por mim rejeitado.

Este mínimo a que mo refiro, Sr. Presidente, ó o necessário para habilitar o Estado a fazer os pagamentos a que ó obrigado no fim do corrente mós. Mas para os pagamentos seguintes, procure o Estado outras fontes de receita que já è tempo de pôr de parte o fácil expediente do papol moeda.

Eu compreendo que o alargamento da circulação fiduciária se faça propositadamente para obter determinados fins, como fizeram os bolchevistas na Rússia.

Mas que se faça por as necessidades o imporem, com a maior das inconsciências sobre as consequências futuras de tam desastrado acto financeiro, isso não o posso levar à paciência porque denota uma falta absoluta de senso da parte de quem nos tem governado.

Soja, porém, como for, a verdade é que a circulação fiduciária vai ser aumentada e que dai resultará, um novo desfalque nos réditos dos funcionários públicos, dos prestamistas do Estado e nos de todos os assalariados" em geral.

Como funcionário público que sou, na minha qualidade de lente de matemática da "Universidade de Coimbra, tratarei de pôr a minha classe ao abrigo destes desvarios governativos, mandando para a Mesa, lo

Só assim poderemos assegurar a pequena melhoria que ultimamente alcançámos.